Política
Presidenciais: Lei laboral domina debate entre Gouveia e Melo e Jorge Pinto
Imagem: Reprodução CNN
O candidato presidencial Gouveia e Melo defendeu hoje que a lei laboral não pode atacar o núcleo mais importante dos direitos dos trabalhadores, enquanto Jorge Pinto garantiu veto à proposta, num debate que abordou a revisão constitucional e justiça.
No frente-a-frente entre os dois candidatos às eleições de 18 de janeiro, hoje transmitido pela TVI, o ex-chefe do Estado Maior da Armada Henrique Gouveia e Melo e Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) começaram por ser desafiados a falar das alterações à lei laboral, falaram ainda de economia, de uma revisão constitucional, comentaram a Operação Marquês e o debate terminou com uma pergunta sobre o apoio declarado de José Sócrates que irritou Henrique Gouveia e Melo.
O candidato Gouveia e Melo lamentou que se estejam a discutir muito os temas das legislativas, a “espuma dos dias”, e adiantou que gostaria de trazer ao debate os temas relacionados com a Presidência da República, afirmando que nunca será uma “marioneta na presidência” e “muito menos uma força de bloqueio”.
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E justificou que se tem mantido um pouco em silêncio sobre o tema da lei laboral porque as negociações estão a decorrer e porque “qualquer candidato que comece a dizer o que é que pensa sobre o tema pode perturbar essas negociações”.
Repetindo que quem tem poder legislativo é a Assembleia da República, Gouveia e Melo defendeu que é preciso “flexibilizar a lei do trabalho sem atacar o núcleo mais importante dos direitos dos trabalhadores”.
Jorge Pinto, que começou por lembrar os 10 anos da tomada de posse do Governo da ‘geringonça’, liderado por António Costa, que “devolveu direitos aos trabalhadores” e foi o último, nos últimos anos, “a durar a legislatura completa”.
Sobre a lei laboral considerou que há “pontos que levantam dúvidas constitucionais”, como o direito de reintegração de um trabalhador despedido injustamente e garantiu que, se a proposta lhe chegasse como está teria o seu veto político.
“Porque estamos a falar de mais de 100 propostas de alteração, onde, na verdade, todas elas, todas, servem para piorar os direitos dos trabalhadores e das suas famílias”, frisou, no dia em que o primeiro-ministro teve uma reunião com a UGT que, em conjunto com a CGTP, mantém a convocatória da greve geral para o dia 11 de dezembro.
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