A organização criminosa desmantelada na terça-feira na operação “Safra Justa” da Polícia Judiciária (PJ) controlava cerca de 500 trabalhadores estrangeiros no Alentejo, mas nem todos são considerados vítimas de tráfico, revelou hoje fonte policial.
A fonte policial contactada pela agência Lusa explicou que “cerca de 500 trabalhadores estrangeiros, mas nem todos necessariamente vítimas de tráfico, estavam sob alçada desta organização criminosa”.
Os alegados crimes sob investigação vêm desde 2023 até à atualidade e, na sequência da operação policial desenvolvida na terça-feira, estão a ser inquiridas vítimas para memória futura nas instalações da Base Aérea n.º 11 de Beja (BA11), indicou.
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“Mas, ao longo destes anos, têm vindo a ser ouvidas outras vítimas”, acrescentou a fonte.
Na terça-feira, em comunicado, a PJ anunciou ter desenvolvido a operação “Safra Justa”, que permitiu desmantelar uma organização criminosa de auxílio à imigração ilegal que controlava centenas de trabalhadores estrangeiros, a maioria em situação irregular em Portugal.
No total, foram detidas 17 pessoas, incluindo 11 elementos de forças de segurança – 10 militares da GNR e um elemento da PSP – e seis civis, entre os 26 e os 60 anos.
Os detidos vão começar a ser presentes hoje, a partir das 14:00, ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação, revelou hoje a fonte policial à Lusa.
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