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Pode um cão pressentir um AVC?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 14 minutos atrás em 25-11-2025

Imagem: depositphotos.com

Quando se fala em cães a pressentirem doenças, a ideia pode facilmente escorregar para o mito. Porém, no caso do AVC (Acidente Vascular Cerebral), a ciência ajuda a separar a ficção da realidade: os cães não antecipam um AVC, mas podem perceber muito antes de nós que algo não está bem.

Há cada vez mais investigação a mostrar que os cães conseguem detetar várias doenças através do cheiro e do comportamento humano. Já foram documentados casos de cães a: identificar quedas de açúcar em pessoas com diabetes; antecipar crises epiléticas; e a reconhecer cancros através de compostos presentes no hálito, suor ou urina, descreve o Correio da Manhã.

Estes casos, os cães reagem a alterações químicas e também a mudanças subtis no comportamento do tutor — sinais que os humanos não conseguem notar tão cedo.

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No AVC, o mecanismo é diferente. Os cães não detetam o AVC em si, mas conseguem captar sinais precoces de mal-estar, como: alterações na postura ou no equilíbrio, respiração diferente, mudanças no tom de voz, cheiro corporal alterado e aumento de stress ou ansiedade física.

Para o cão, algo está “fora do normal”. Para o tutor, esse comportamento canino pode ser a primeira chamada de atenção.

Foi isso que muitos interpretaram no episódio de Chiclete, a cadela de Nuno Markl. Horas antes de o humorista sofrer um AVC, ele partilhou uma fotografia em que aparecia no sofá com a cadela praticamente em cima dele, comentando que ela estava anormalmente colada.

À luz do conhecimento científico, é possível que Chiclete estivesse a reagir a sinais iniciais de mal-estar – algo que o próprio Markl ainda não tinha percebido.

O caso tornou-se viral precisamente porque ilustra a ligação emocional e comportamental entre cão e tutor: às vezes, o comportamento insistente do animal é o alerta que faltava.

Se o seu cão estiver estranhamente inquieto, colado a si, ou a agir de forma fora do comum — e se, ao mesmo tempo, sentir sintomas como: perda repentina de força num lado do corpo, dificuldade em falar, dores de cabeça muito intensas e súbitas e tonturas ou desequilíbrio, não ignore.

O seu cão não está a prever o futuro — mas pode estar a reagir ao presente de uma forma que o seu corpo também já está a tentar comunicar. E, por vezes, essa atenção especial é o empurrão emocional de que precisa para não desvalorizar sinais importantes.

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