Saúde

Estas vacinas reduzem drasticamente 80% do risco desta doença fatal

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 25-11-2025

As vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) reduzem drasticamente o risco de cancro do colo do útero, sobretudo quando administradas em idade jovem, conclui um estudo de grande escala realizado em França.

“A vacinação contra o HPV reduz provavelmente a incidência de cancro do colo do útero em 80% nas pessoas que foram vacinadas aos 16 anos ou antes”, conclui o estudo divulgado na segunda-feira e conduzido pela Colaboração Cochrane.

A Cochrane é uma organização que reúne inúmeros investigadores internacionais para realizar estudos com o objetivo de estabelecer o conhecimento atual sobre um determinado assunto.

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A qualidade deste trabalho é amplamente aceite na comunidade médica e científica, apesar de algumas críticas metodológicas, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Os benefícios da vacinação contra o HPV são já amplamente reconhecidos, dado que este vírus sexualmente transmissível é responsável por diversas doenças, principalmente o cancro do colo do útero.

Muitos países já realizam programas de vacinação para adolescentes, mas encontram frequentemente resistência alimentada pela hesitação em relação à vacina.

Neste contexto, a Cochrane, que já tinha examinado o tema no final da década de 2010, publicou duas novas revisões da literatura científica existente, dado que muitos novos estudos foram entretanto conduzidos.

A primeira revisão, baseada exclusivamente em ensaios clínicos realizados por empresas farmacêuticas, conclui que estas vacinas são seguras, mas não eficazes contra o cancro do colo do útero, uma vez que estes estudos carecem de um seguimento a longo prazo suficiente.

Em contraste, a segunda revisão, que compila mais de 200 estudos realizados posteriormente para medir o impacto das campanhas de vacinação, conclui claramente que a vacinação tem um efeito decisivo na prevenção do desenvolvimento destes cancros.

Este efeito é ainda mais forte quando a vacinação é administrada precocemente: numa idade mais avançada, muitos jovens já foram expostos ao vírus quando iniciam a sua vida sexual, o que reduz o impacto protetor da vacina.

Quanto a outros cancros — vulvar, anal e peniano — associados ao HPV, a vacina parece eficaz, mas as evidências são de menor qualidade devido à raridade destas condições, que foram alvo de menos estudos.

Tal como o primeiro estudo, este é também tranquilizador em relação aos efeitos secundários: a vacinação contra o HPV “não está associada a um maior risco de efeitos secundários a longo prazo ou infertilidade”, concluem os investigadores.

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