O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a pena de seis anos de prisão para um homem que, em janeiro de 2024, tentou matar a irmã em Tomar, atropelando-a com um carro. A decisão do Supremo mantém a condenação anteriormente aplicada pelo Tribunal da Relação de Évora, que já havia rejeitado o recurso do arguido.
O crime ocorreu no dia 31 de janeiro de 2024. O arguido seguia de carro com a esposa e dois filhos quando avistou a irmã a caminhar num passeio pedonal. Segundo o acórdão, consultado pelo CM, ele mudou de direção, subiu o passeio numa rampa de passadeira e acelerou atrás da irmã, percorrendo cerca de 18,60 metros até às arcadas dos prédios onde a vítima se encontrava. A mulher ainda correu na frente do carro, mas o homem “sem travar, atingiu o corpo” da irmã, que acabou hospitalizada, escapando à morte por motivos alheios à vontade do arguido, informa o Correio da Manhã.
O tribunal salientou que o arguido sabia que o impacto poderia ser fatal. Pelo menos um homem com uma criança ao colo teve de se desviar para não ser atingido durante a ação.
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O homem, com histórico de violência desde os 13 anos, tinha condenações anteriores por agressões, roubos e crimes sexuais, incluindo crimes cometidos contra a mãe dos seus filhos quando esta tinha apenas 13 anos. Tinha realizado tratamento sobre “violência, autocontrolo e gestão da raiva” e vivia com a mulher e três filhos numa habitação da Câmara de Tomar, onde chegou a trabalhar. Segundo alegações do arguido, a família sobrevive com Rendimento Social de Inserção (728,29 euros por mês) e abonos de família (530 euros por mês).
A motivação do crime nunca foi esclarecida, uma vez que a vítima recusou depor contra o irmão.
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