O ministro da Economia, Castro Almeida, afirmou domingo, em Riade, que Portugal oferece “uma grande variedade de oportunidades de negócio” e pode ser um “importante centro de investimento” e uma plataforma para países lusófonos.
“Acreditamos que nos próximos anos, o investimento saudita pode ser alargado a outros setores. Portugal oferece uma grande variedade de oportunidades de negócio, produtos distintivos e de elevada qualidade”, afirmou o governante português, intervindo no Fórum Empresarial Arábia Saudita-Portugal, que decorreu na capital saudita, com a presença de mais de 50 empresas portuguesas.
Castro Almeida sublinhou que Portugal “é um país atrativo para investimento estrangeiro” – no final do ano passado, o investimento direto estrangeiro superou os 200 mil milhões de euros, representando 71% do produto interno bruto (PIB).
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“Cada vez mais investidores internacionais são atraídos pela mão-de-obra altamente qualificada e competitiva e um ecossistema dinâmico e inovador, além da estabilidade política”, referiu.
Mais do que infraestruturas ou portos, salientou o ministro, o país oferece “uma estratégia para transformar Portugal num centro logístico verde e digital”.
Além disso, mencionou, pode ser uma plataforma para investimentos em países lusófonos, nomeadamente o Brasil, os países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste, representando um mercado de 260 milhões de consumidores.
Por outro lado, a ‘Visão 2030’, um plano desenvolvido desde 2016 pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman para diversificar a economia saudita, “cria condições favoráveis para investimento em setores estratégicos e emergentes”, considerou o ministro, que identificou oportunidades para empresas portuguesas em setores como construção, água e ambiente, moda, energias renováveis, tecnologias, saúde ou turismo.
No mesmo sentido, o ministro da Economia e do Planeamento saudita, Faisal F. Alibrahim, convidou as empresas portuguesas a ver a Arábia Saudita “como um mercado mas também como uma plataforma para a região” do Golfo Arábico, enquanto encorajou os investidores sauditas “a aprofundar a ligação a Portugal”.
O governante comentou que a relação entre Portugal e Arábia Saudita é “também enriquecida pelos laços sociais e culturais”, nomeadamente “a paixão partilhada pelo desporto”, recordando que os dois países organizam o campeonato mundial de futebol em 2030 e 2034, respetivamente.
A parceria entre Lisboa e Riade é “um caminho para um crescimento económico partilhado e sustentado”, defendeu Alibrahim.
Durante o fórum, foi anunciado que 21 empresas portuguesas, de setores como construção, serviços ou tecnologias, já estão a operar ou estão a concluir o processo de registo na Arábia Saudita, desde 2023.
Foram ainda assinados 15 memorandos de entendimento a formalizar o estabelecimento de empresas portuguesas na Arábia Saudita em parceria com setor privado.
Castro Almeida, que realiza entre hoje e segunda-feira uma visita à Arábia Saudita, foi recebido pelo homólogo, e pelo ministro do Investimento, Khalid Al-Falih, com quem assinou um memorando de entendimento para promover a troca de informações entre os dois governos sobre oportunidades de negócio.
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