Os dias de utentes à espera de autocarros nos SMTUC estão de regresso.
Em apenas quatro dias – 17 a 20 de novembro -, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) não efetuaram 1.069 viagens.
De acordo com dados revelados pela empresa municipal, o dia com maior número de viagens fantasma foi segunda-feira, 17 de novembro, com 361 viagens. Nesta data, a linha com maior número de viagens perdidas foi a 4 (Santo António dos Olivais, por Cruz de Celas) com 36 deslocações, logo seguida da linha 103 (Universidade) e 7 (Tovim) com 35 viagens.
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Este dia foi mesmo o que registou o maior número de viaturas operacionais – menos 11 do que eram necessárias (são necessários no pico da operação um total de 102 viaturas) – e em que houve 58 ocorrências que levaram à sua entrada na oficina da empresa municipal. 12 “chapas” foram suprimidas por falta de viatura (no seu todo ou em parte), com principal incidência nas horas de ponta.
A situação melhorou um pouco na terça-feira, 18 de novembro, dia em que não se efetuaram 250 viagens (linha 14T foi a mais prejudicada com 33 deslocações por efetuar). 93 autocarros estavam operacionais (menos 9 do que eram necessários), sendo assinaladas 55 ocorrências que motivaram a ida de veículos para a oficina e não foram levantadas 10 chapas.
Para quarta-feira, 19 de novembro, o cenário foi o seguinte: 256 viagens não efetuadas, 9 chapas não levantadas, menos 7 viaturas que as necessárias e 58 ocorrências. A linha 37 (Vale das Flores-Hospitais da Universidade de Coimbra) foi a que registou maiores constrangimentos com 31 deslocações perdidas.
No relatório enviado pelos SMTUC, a quinta-feira 20 de novembro fica marcada pelos seguintes dados: 202 viagens perdidas (linhas 7 e 7T foram as mais prejudicadas); 7 chapas não levantadas; menos 5 viaturas que as necessárias e 57 ocorrências.
De acordo com a empresa municipal, “constatamos um pico de avarias provocado pela utilização de viaturas mais antigas da frota, e por isso mais propensas a avarias em resultado da imobilização de viaturas elétricas mais recentes, que se encontram ainda em período de garantia, mas cujo fornecedor não está a garantir a sua funcionalidade, apesar de todos os esforços da parte dos SMTUC para esse efeito”.
“Não obstante a falta de meios humanos na parte de manutenção, os serviços estão a desenvolver todos os esforços para mitigar todas as ocorrências que diariamente se verificam e deste modo disponibilizar as viaturas necessárias para o transporte público de passageiros”, frisam.
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