Crimes
“Verdadeiro ato de caça”: Supremo reduz pena de homem que matou sobrinho a tiro na cara
Imagem: depositphotos.com
O Supremo Tribunal de Justiça reduziu a pena de Joaquim Nunes, condenado pelo homicídio do sobrinho João Nunes em fevereiro de 2024, em Carvalheiros, Tomar, de 23 para 21 anos de prisão. O crime, descrito pelo juiz do Tribunal de Santarém como um “verdadeiro ato de caça”, ocorreu por motivos relacionados com partilhas de terrenos.
Segundo os conselheiros do Supremo, a decisão de reduzir a pena considerou o perfil do arguido: 67 anos de idade, falta de antecedentes criminais e caráter isolado do crime. Esses fatores, afirmam, permitem uma “mitigação das exigências de prevenção especial”, dá conta o Correio da Manhã.
O homicídio foi planeado pelo próprio Joaquim Nunes com antecedência. Na véspera, municiou a espingarda caçadeira com pelo menos três cartuchos e preparou um saco com roupas, bens pessoais e medicação, antecipando a detenção. Na manhã do dia 29 de fevereiro, dirigiu-se ao local onde sabia que João estaria, armado, para consumar o crime.
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Às 8:15, Joaquim Nunes fez os 100 metros entre a sua casa e o local do crime, onde João Nunes se encontrava acompanhado do filho, de 19 anos, e do sobrinho. Atingiu a vítima a 17 metros, primeiro no ombro direito e tórax, fazendo-a cair de costas, e depois disparou dois tiros na cara, atingindo ambos os olhos, causando a morte imediata.
Após o crime, Joaquim Nunes fugiu para casa e tentou ligar para a PSP, mas os números estavam desatualizados ou desativados. O arguido permaneceu à frente da garagem com o saco da roupa e a caçadeira ao lado, aguardando a detenção pelas autoridades.
O crime chocou a comunidade local pela violência extrema e pelo facto de ter sido cometido na presença de familiares diretos da vítima.
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