A presença de uma íngua na axila, também chamada de linfadenopatia axilar, pode surgir por diversas razões, desde inflamações ou infeções até doenças mais graves, como o cancro.
Entre as causas mais comuns estão a foliculite, furúnculos e linfadenite, mas alterações autoimunes, efeitos de vacinas e até tumores podem igualmente provocar o aumento dos gânglios linfáticos nesta região.
Uma íngua é um gânglio linfático que está inchado. Se apertarmos, sentimos um pouco de dor. Esses gânglios desempenham função de defesa no organismo e podem inchar quando estão infecionados ou inflamados, pois estão ajudando o organismo a combater uma doença.
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Segundo A Tua Saúde, os sintomas que acompanham a íngua podem variar consoante a causa e incluir dor, febre, sensibilidade ao toque, suor noturno, perda de peso sem explicação aparente ou o surgimento de ínguas noutras regiões, como pescoço, nuca ou virilha.
Principais causas da íngua na axila:
- Foliculite – Inflamação na raiz dos pelos, frequentemente causada por depilação ou infeção bacteriana/fúngica. Provoca pequenas espinhas dolorosas e vermelhas. O tratamento inclui higiene adequada, compressas mornas e, se necessário, antibióticos ou anti-inflamatórios recomendados por dermatologista.
- Hidradenite supurativa – Inflamação das glândulas sudoríparas, causando caroços dolorosos e vermelhidão. Pode ter origem genética ou estar associada a hábitos de vida, como tabagismo ou obesidade. O dermatologista pode prescrever cremes antibióticos, corticoides ou, em casos graves, cirurgia.
- Linfadenite – Inflamação dos linfonodos devido a infeções por vírus, bactérias, fungos ou protozoários. Pode manifestar-se com febre e ínguas noutras partes do corpo. O clínico geral define o tratamento adequado, que pode incluir antibióticos ou anti-inflamatórios.
- Reação a vacinas – Algumas vacinas, incluindo BCG, gripe ou COVID-19, podem provocar ínguas temporárias na axila do braço vacinado. Normalmente desaparecem em 3 a 4 semanas.
- Furúnculo – Infecção na raiz do pelo, normalmente causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que pode originar caroços dolorosos e ínguas. Recomenda-se compressas mornas e higiene adequada; nunca espremer o furúnculo.
- Infeções sistémicas – Condições como HIV ou mononucleose infecciosa podem causar ínguas na axila e noutras regiões. O tratamento varia conforme a infeção identificada.
- Doenças autoimunes – Lúpus ou artrite reumatoide podem provocar ínguas generalizadas e outros sintomas, como dor muscular e suores nocturnos. O clínico geral ou reumatologista deve avaliar o caso.
- Tuberculose ganglionar – Doença infecciosa que pode afetar linfonodos da axila e de outras regiões, mais comum em pessoas com HIV. O tratamento inclui antibióticos específicos durante vários meses.
- Linfoma – Tipo de cancro dos linfonodos que provoca ínguas duras e persistentes, podendo vir acompanhado de febre, suor nocturno e perda de peso. O diagnóstico e tratamento requerem avaliação por hematologista ou oncologista.
- Cancro da mama – Principalmente em mulheres, mas também possível em homens, pode manifestar-se inicialmente com nódulos endurecidos na mama e ínguas na axila. O diagnóstico precoce aumenta as hipóteses de cura e inclui exames como mamografia, cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
Quando procurar ajuda médica? Deve procurar o clínico geral ou especialista caso a íngua:
- Não desapareça em duas semanas;
- Aumente de tamanho;
- Esteja acompanhada de vermelhidão, pus ou dor;
- Surja em várias regiões do corpo;
- Seja dura e fixa ao toque;
- Ultrapasse 2,5 cm;
- Esteja associada a febre, suor nocturno ou perda de peso inexplicada.
Nestes casos, o médico poderá realizar exames de sangue, imagiologia ou outros testes para identificar infeções, doenças autoimunes ou tumores, garantindo o diagnóstico e tratamento adequados.
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