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Indonésia retira cerca de mil residentes de casa devido à erupção do vulcão Semeru

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 20-11-2025

 Cerca de mil pessoas, incluindo mais de 130 alpinistas, foram hoje retiradas das proximidades do vulcão Semeru, na ilha de Java, que entrou em erupção na quarta-feira, disseram as autoridade indonésias.

Na quarta-feira, o departamento de vulcanologia indonésio elevou o nível de alerta para IV [o mais alto na escala indonésia] para o Semeru, na sequência de uma série de erupções que lançaram fluxos piroclásticos, uma mistura de gás quente com matéria vulcânica, cinzas e fragmentos de rocha, pela encosta da montanha.

O vulcão, um dos mais ativos do arquipélago indonésio, entrou em erupção mais de uma dezena de vezes nas últimas 24 horas, lançando enormes nuvens de cinzas, lava e rochas até mais de 15 quilómetros pela encosta da montanha, indicou o departamento de vulcanologia.

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Devido a este nível de alerta, as autoridades estabeleceram uma zona de exclusão com um raio de oito quilómetros a partir da cratera.

As erupções foram registadas principalmente na face sudeste do vulcão, que sofreu um evento semelhante em 2021 e, portanto, não representou qualquer risco para um grupo de alpinistas que escalava a encosta norte.

Como resultado da atividade vulcânica, os 137 alpinistas refugiaram-se numa zona conhecida como Ranu Kumbulo, a cerca de oito quilómetros da cratera, onde passaram a noite antes de serem retirados da região.

Em dezembro de 2021, uma erupção semelhante fez mais de meia centena de mortos entre a população que vive perto do Semeru.

Hoje, algumas aldeias situadas nas encostas do vulcão e estradas da zona ficaram cobertas por uma espessa camada de cinzas, enquanto os moradores recolhiam pertences para deixar temporariamente as suas casas.

A Indonésia possui mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 permanecem ativos e 65 estão classificados como perigosos.

Em dezembro de 2023, o arquipélago sofreu com a trágica erupção do Monte Merapi, na ilha de Samatra, que causou 23 mortos.

Em maio deste ano, também perto do Merapi, pelo menos 60 pessoas morreram depois de fortes chuvas terem arrastado material vulcânico para as zonas residenciais.

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