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Quase 43 milhões de crianças sofreram desnutrição no último ano segundo ONG

Notícias de Coimbra | 3 horas atrás em 19-11-2025

 Quase 43 milhões de crianças sofreram desnutrição aguda no último ano, com Sudão, Iémen, Mali e Gaza a registarem as crises mais graves, indicou um relatório de uma organização não-governamental (ONG) espanhola divulgado hoje.

De acordo com o estudo “Desnutrição infantil 2025” da ONG espanhola Ação Contra a Fome (Acción Contra el Hambre), baseado em dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 12,2 milhões de crianças com menos de 5 anos sofreram desnutrição aguda grave.

O relatório identificou quatro focos críticos em África e no Médio Oriente: no Sudão, 3,66 milhões de crianças vivem em situação de desnutrição aguda; no Iémen, 2,34 milhões; no Mali, 1,58 milhões; e na Faixa de Gaza cerca de 60 mil menores foram afetados no último ano, número que poderá ascender a 71 mil devido ao agravamento da crise humanitária após o bloqueio de ajuda imposto por Israel.

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Todas estas crises decorreram em cenários de conflito armado.

No Sudão, que atravessa há mais de dois anos combates entre forças rivais, a ONG descreveu “mercados vazios, hospitais em rutura e famílias a sobreviver com raízes e folhas”, lembrando que cinco áreas sudanesas foram declaradas em situação de fome em 2024.

A Ação Contra a Fome alertou que a desnutrição infantil destrói “o potencial de crescimento e desenvolvimento” das crianças e “perpetua o ciclo de pobreza”, ao fragilizar o sistema imunitário, comprometer o desenvolvimento cerebral e limitar oportunidades ao longo da vida.

O relatório acrescentou que 70% das crianças afetadas por emaciação, a forma mais imediata e letal de desnutrição, vivem na Ásia e 27% em África, região onde o número de menores com atraso de crescimento tem aumentado nos últimos anos.

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