Duas funcionárias de uma unidade de saúde familiar na zona norte do país foram detidas pela Polícia Judiciária por, alegadamente, inscreverem cerca de 10 mil imigrantes no Serviço Nacional de Saúde ao longo de ano e meio, sem que estes cumprissem os requisitos legais, como o comprovativo de morada.
A investigação da operação “Gambérria”, que desmantelou um grupo organizado dedicado ao auxílio à imigração ilegal, revelou situações insólitas, como quase 500 pessoas registadas com a mesma morada em Lisboa.
Segundo a PJ, as duas mulheres, de 40 e 54 anos , terão sido recrutadas pela organização criminosa e recebiam vantagens financeiras por cada inscrição irregular.
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O esquema integrava uma rede internacional que oferecia a imigrantes um “pacote” de serviços para obter documentação e avançar com processos de regularização em Portugal, avança o Jornal de Notícias.
As funcionárias serão ouvidas no Tribunal Central de Instrução Criminal entre quarta e quinta-feira, onde deverão ser conhecidas as medidas de coação.
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