Os 17 ministros do novo Governo, incluindo o primeiro-ministro Luís Montenegro, possuem um património total de 20,9 milhões de euros, revela a análise das declarações de rendimentos entregues à Entidade para a Transparência (EpT).
Entre os membros do Executivo (pode ver aqui a lista), as três ministras mais ricas são Maria do Rosário Palma Ramalho (mais de 5,36 milhões de euros), Rita Alarcão Júdice (mais de 4,4 milhões) e Maria Graça Carvalho (mais de 1,81 milhões), que em conjunto detêm 55% do património total do Governo. O primeiro-ministro aparece na sétima posição, com um património superior a 1,32 milhões de euros, revela o Correio da Manhã.
O património dos ministros está distribuído principalmente entre imóveis (9,43 milhões de euros), aplicações financeiras, carteiras de títulos e depósitos bancários (8,34 milhões), direitos de crédito (3,12 milhões) e obras de arte (38 mil euros). Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, é o único a declarar obras de arte, incluindo quatro quadros de Ângelo de Sousa e Cabrita Reis.
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Entre curiosidades, o ministro da Defesa, Nuno Melo, possui uma coleção de 18 carros, incluindo um Porsche de 1967 e um Dodge Brothers de 1927. Quanto aos depósitos à ordem, 11 ministros têm mais de 2,3 milhões de euros estacionados, refletindo estratégias variadas de gestão financeira.
O património imobiliário de António Leitão Amaro, ministro da Presidência, inclui o preço de aquisição de um prédio devoluto e o valor investido em obras de ampliação, sendo que o valor de mercado real dos imóveis urbanos é, na maioria dos casos, superior ao Valor Patrimonial Tributário declarado.
A lei nº52/2019, de 31 de julho, estabelece a obrigação de entrega das declarações de rendimentos e património à EpT, permitindo maior transparência sobre a riqueza dos titulares de cargos políticos.
A análise detalhada mostra ainda a diversidade de estratégias financeiras: alguns ministros aplicam poupanças em diversas aplicações financeiras, enquanto outros concentram valores em depósitos a prazo, e alguns têm dívidas associadas à compra de imóveis, enquanto outros não apresentam passivos.
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