O ator Carloto Cotta foi hoje absolvido pelo Tribunal de Sintra dos nove crimes de que estava acusado pelo Ministério Público, que incluíam violação e sequestro, avançou à Lusa a defesa do ator.
Para o tribunal, nenhum dos crimes que constavam na acusação foi provado durante o julgamento que começou no início de outubro deste ano, considerando ainda que as declarações da mulher que avançou com a queixa contra o ator foram mudando ao longo do tempo.
A acusação foi deduzida no final de janeiro deste ano, tendo o Ministério Público acusado o ator Carloto Cotta de nove crimes: um de importunação sexual, um de coação sexual, um de violação, um de sequestro na forma agravada, dois crimes de ameaça agravada, um de coação agravada, um de ofensa à integridade física simples e um de injúria.
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De acordo com a acusação, avançada pelo Expresso e consultada posteriormente pela Lusa, o caso aconteceu em 2023 e envolveu uma mulher que o ator conhecera meses antes.
Para o Ministério Público, Carloto Cotta manteve a mulher fechada em casa durante várias horas, privando-a de “liberdade ambulatória e de decisão”, constrangeu-a “por meio de força física” a um ato sexual não consentido e contra a sua vontade e “agiu ainda com os propósitos, concretizados, de molestar o corpo e a saúde” da vítima.
Nas sete páginas da acusação, a procuradora responsável pelo processo descreveu que, ao tentar fugir da residência de Carloto Cotta a mulher terá saltado de uma janela para a via pública em busca de ajuda junto de pessoas que se encontravam nas imediações, tendo sofrido “um hematoma na cabeça, equimoses e arranhões no antebraço direito”.
O julgamento decorreu à porta fechada e, na sessão dedicada às alegações finais, o Ministério Público acabou por pedir a absolvição do ator.
Carloto Cotta nasceu em França em 1984, estudou na Escola Profissional de Teatro de Cascais e trabalhou sobretudo em cinema e televisão. No cinema, protagonizou filmes como “Arena” (2009), de João Salaviza, “Diamantino” (2018), de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, e “Banzo” (2024), de Margarida Cardoso.
Entrou ainda em filmes de Miguel Gomes, Margarida Gil e Diogo Costa Amarante, nas telenovelas “Santa Bárbara”, “A impostora” e “Laços de Sangue”, e nas séries “O Americano” e “Casa Abrigo”, esta última em exibição na RTP.
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