Desporto
Armando Carvalho sagrou-se campeão do Centro de Ralis em Cantanhede
Imagem: JOÃO RICARDO BRANCO
A dupla formada por Armando Carvalho e Ana Santos selou a coroa de pilotos e navegadores do Campeonato de Ralis do Centro, após triunfar de fio a pavio o Rally de Cantanhede/Marquês de Marialva. Apenas um ponto separava os vencedores da prova do Clube Automóvel do Centro do tão ambicionado título, mas a formação de Vila Nova de Poiares não fez rogada e “jogou” todos os trunfos ao volante do Mitsubishi Lancer Evo IX e desde o início para garantir o ceptro com etapas de antecedência.
«Estamos a sentir-nos muito bem para ser honesto. Trabalhámos tanto tempo para isto. Não tenho palavras, mas quero agradecer a todos os que participaram, que lutaram por nós e a toda a equipa. Estivemos muitas vezes muito perto, em que demos sempre o nosso melhor, mas este ano fomos recompensados por isso, confidenciou Armando Carvalho.
Tratou-se de uma vitória sem mácula do piloto e navegadora da DomingoSport, mas também para todos aqueles que apostaram todas as fichas nesta dupla e acreditaram no seu sucesso. Enquanto Armando Carvalho e Ana Santos saboreavam o seu tão aguardado triunfo, com um total de 52m03,9s, a luta pelo lugar secundário foi travada com intensidade por Carlos Matos e Ricardo Faria (Skoda Fabia R5) e Fernando Teotónio e Luís Morgadinho (Mitsubishi Lancer Evo IX).
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Com três especiais para o final da competição, Carlos Matos acabou por ultrapassar Fernando Teotónio e ocupar o degrau intermédio do pódio, numa reviravolta cruel nas aspirações do piloto do Fundão, uma vez que esteve em vantagem durante muito tempo no primeiro e último dia de competição.
No entanto, o pêndulo pendeu para o Skoda Fabia R5 conduzido pelo homem proveniente de S. Pedro do Sul, após um tenso confronto ao longo dos dois dias de prova. Os dois pilotos tiveram desempenhos de garra, com Carlos Matos a ficar a 52 segundos dos vencedores e Fernando Teotónio a 1m04,0s.
Refira-se, por outro lado, que Armando Carvalho e Ana Santos tiveram uma dupla celebração, herdando a vitória do Rally de Cantanhede/Marquês de Marialva sem mácula, uma vez que os seus mais diretos opositores, na circunstância os irmãos leirienses António e Ana Cruz Monteiro, nunca dispuseram de “armas” que pudessem aniquilar as pretensões dos poiarenses.
Aos comandos de um Peugeot 208 T16, António Cruz Monteiro teve de “render-se” e reconhecer que o carro da marca do “leão” esteve muito aquém de atacar com precisão a viatura nipónica dos três diamantes, terminando a odisseia de Cantanhede separados por 1m34,2s.
Numa época altamente competitiva, referência obrigatória para Guilherme Nunes. O jovem piloto de Castelo Branco, navegado por Vítor Hugo, de Cantanhede, fez a sua estreia absoluta no Campeonato de Ralis do Centro e “pecou” por excelência, ao concluir a prova na quinta posição, a 2m19,8s, mas a garantir com ousadia a vitória entre as viaturas de Duas Rodas Motrizes (2RM).
Um marco de superioridade do piloto de apenas 20 anos de idade que, durante os dois dias, mostrou aptidão e inteligência para ouvir o experiente navegador e encerrar a participação inovadora ao volante de um Peugeot 208 VTI (R2B), preparado superiormente pela DomingoSport.
A forma consistente do albicastrense e cantanhedense valeu-lhe receber os aplausos generalizados dos adversários e público em geral, uma vez que, se o quinto lugar é por si só motivo de regozijo, a vitória nas 2RM traduzem na perfeição que as suas ações passaram a ter valorização na bolsa de valores dos ralis nacionais. Um caso para ter em linha de atenção.
Depois de muito porfiar, João Marcelino, em Renault Clio RS, também teve motivos mais que suficientes para festejar e jorrar o néctar do título nas 2RM no Campeonato Centro de Ralis de Duas Rodas Motrizes, terminando no 10.º lugar, a 5m17,8s dos vencedores absolutos.
Navegado por Valter Cardoso, o piloto de S. Pedro do Sul, filho de Carlos Matos, evidenciou uma condução cautelosa, porque, a partir do momento que finalizasse a prova, regressaria a casa com o ceptro em discussão.
Uma palavra de apreço para a única dupla feminina em prova, nomeadamente Daniela Lopes e Cátia Silva. Naturalmente que a piloto de Castelo Branco não teve a sua missão facilitada ao longo dos dois dias de prova, mas chegar ao fim foi como se tratasse de uma vitória.
A jovem formação cruzou a linha de chegada no 27.º lugar – e não foi a última – ao volante de um Peugeot 206, a 20m33,5s do topo da classificação, mas fez as delícias do público pela destreza com que terminou a difícil competição do Clube Automóvel do Centro.
O Campeonato Centro de Ralis está pronto para proporcionar mais emoção nos próximos dias 29 e 30 do corrente mês, com o Águeda Rali Travocar, organizado pelo Clube Automóvel de Santo Tirso.
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