A vespa-asiática (Vespa velutina) continua a expandir-se em Portugal e a preocupar autoridades e especialistas, tanto pela ameaça que representa para as abelhas como pelo risco que pode colocar a pessoas e animais quando os seus ninhos são perturbados.
Esta espécie invasora distingue-se facilmente da vespa europeia: tem o corpo maioritariamente preto, uma faixa laranja no abdómen, cabeça alaranjada e a metade inferior das patas amarela, ao contrário da vespa europeia, que apresenta tons amarelos predominantes e riscas pretas.
Embora a sua picada não seja, por si só, mais perigosa do que a de outras vespas, a vespa-asiática tende a atacar em grupo se sentir o ninho ameaçado, pode perseguir o alvo por longas distâncias e possui um ferrão capaz de atingir vasos sanguíneos superficiais, aumentando o risco de reações adversas e de injetar grandes quantidades de veneno.
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Os ninhos ajudam igualmente na identificação: os embrionários são pequenos, com 5 a 10 centímetros de diâmetro e abertura inferior, enquanto os secundários podem chegar aos 80 centímetros, têm forma esférica ou de pêra e apresentam uma abertura lateral. A maioria é encontrada em árvores com mais de 10 metros, mas também surgem em beirais e estruturas elevadas.
Caso aviste um ninho, não deve tentar destruí-lo nem aproximar-se, já que isso pode desencadear um ataque coletivo. A recomendação é comunicar a presença do ninho através da plataforma STOPvespa do ICNF, anexando fotografias que permitam confirmar a espécie, alerta a Deco.
Em caso de picada, é aconselhável lavar a zona com água e sabão, aplicar frio e recorrer a um analgésico se necessário. Não se deve apertar a pele nem tentar remover o ferrão com pinça. Sinais como dificuldade em respirar, inchaço da face ou pescoço, tonturas ou sensação de desmaio exigem assistência médica imediata, pois podem indicar choque anafilático. Perante a disseminação desta espécie invasora, a prevenção e a informação continuam a ser essenciais para reduzir riscos e proteger o ecossistema.
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