A antiga basquetebolista Ticha Penicheiro recebeu hoje o Prémio Prestígio do Comité Olímpico de Portugal (COP), durante a Celebração Olímpica, na qual foi atribuído pela primeira vez o Prémio José Manuel Constantino.
Tal como no ano passado, Pedro Pichardo, campeão mundial do triplo salto, e a judoca Patrícia Sampaio, campeã europeia em -78 kg, receberam o Prémio de Excelência Desportiva, sendo hoje ‘acompanhados’ por Isaac Nader, campeão do mundo dos 1.500 metros, e pelos canoístas Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha, que se sagraram campeões da Europa e do mundo em K4 500 metros.
“[Este prémio] Significa muito trabalho, muita dedicação diária. […] Neste momento, somos a melhor equipa do mundo e estamos muito felizes por isso”, assumiu Ribeiro, com o também olímpico Baptista a descrever o momento como um sonho e os mais jovens a expressarem todo o seu orgulho pela distinção.
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Ausentes do país, Patrícia Sampaio e Isaac Nader enviaram mensagens de vídeo, enquanto Pichardo agradeceu ao povo português pelo apoio.
Destinado a homenagear agentes desportivos pela excelência e notabilidade das suas carreiras, o Prémio Prestígio foi este ano entregue a Ticha Penicheiro, que passou a integrar em maio o ‘Hall of Fame’ da Federação Internacional de Basquetebol, um reconhecimento pelo seu contributo à modalidade, que abandonou enquanto praticante em 2012 depois de ter jogado na WNBA, a Liga feminina norte-americana.
“É incrível, é uma grande honra. Estou super agradecida. […] Nunca fui atleta olímpica, foi um sonho que nunca consegui realizar, mas sempre joguei com Portugal no coração”, confessou a antiga basquetebolista da WNBA.
Na Celebração Olímpica, que decorreu em Lisboa, o COP distinguiu também o selecionador de andebol, Paulo Jorge Pereira, que este ano guiou Portugal ao quarto lugar no Mundial, e Rui Fernandes, treinador do K4 500, com o Prémio Mérito Desportivo.
Primeira portuguesa a conquistar um título mundial para Portugal nos desportos de inverno – sagrou-se campeã júnior de patinagem de velocidade no gelo, na disciplina de mass start -, Jéssica Rodrigues recebeu o Prémio Juventude, assim como Francisco Costa, eleito o melhor jovem do Mundial de andebol.
O Prémio Ética Desportiva foi entregue, a título póstumo, ao professor catedrático Manuel Sérgio, que morreu em fevereiro e que foi, a par de José Manuel Constantino, um dos grandes pensadores do desporto em Portugal.
O antigo presidente do COP, falecido em 11 de agosto de 2024, viu o seu legado à frente do organismo olímpico perpetuado com a criação de um prémio com o seu nome, destinado a distinguir um clube desportivo que se evidencie pela qualidade e continuidade do trabalho desenvolvido no desporto de base.
Atribuído pela primeira vez hoje, o Prémio José Manuel Constantino reconheceu o trabalho do BECA-Bastinhos Escola Clube de Andebol de Celorico de Basto, que tem como missão proporcionar a prática desportiva de forma gratuita e acessível a todos os jovens do concelho, em articulação com o agrupamento de escolas.
A encerrar a Celebração Olímpica, que distinguiu ainda a Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra com o Prémio Educação Olímpica e o Centro de Investigação em Ciências do Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano com o Prémio Investigação Científica, Carlos Lopes recebeu a Ordem Olímpica Nacional.
A Ordem Olímpica Nacional, este ano atribuída ao primeiro campeão olímpico português – conquistou o ouro na maratona em Los Angeles1984 -, destina-se a distinguir personalidades, de elevado nível e público reconhecimento, por serviços de extrema relevância prestados ao movimento olímpico.
“É uma coisa extraordinária”, resumiu Carlos Lopes, dizendo-se sem palavras.
O primeiro campeão olímpico português deixou ainda um recado ao secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, afirmando que o movimento olímpico não se esquecerá da promessa hoje feita durante a Celebração Olímpica de mais dinheiro para o desporto.
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