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Proteção Civil pede cautela à região de Coimbra: “Aviso era até às 9:00, mas há que ter precaução porque ainda não passou”
A região de Coimbra enfrenta um período de chuva intensa que já provocou 105 ocorrências desde a meia-noite, incluindo deslizamentos de terras, inundações e quedas de árvores.
A informação foi confirmada pelo comandante Carlos Luís Tavares, do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra.
“São 105 ocorrências, na sua maioria derrocadas, deslizamentos de terras, inundações e também quedas de árvores e limpezas de via. Tem sido uma grande atividade desde o período noturno e manhã do dia de hoje”, afirmou o comandante, detalhando que as áreas mais afetadas incluem Arganil, a zona do Piódão e cidades como Coimbra, Figueira da Foz e Cantanhede.
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Segundo o comandante, algumas das situações mais complicadas ocorrem em zonas afetadas por incêndios recentes, cujos detritos foram arrastados para as estradas. “Os inertes vieram para as estradas, a zona do Piódão foi inundada, os pequenos cursos de água encheram muito rapidamente e transvasaram, criando algumas inundações”, explicou.
Apesar da melhoria do cenário, o alerta permanece. “Estamos em alerta amarelo. O aviso laranja era até às 9:00, mas ainda há que ter bastante precaução porque ainda não passou”, disse Carlos Luís, lembrando que a precipitação continuará até amanhã às 21:00.
Reforçou a necessidade de atenção tanto à condução como à segurança em áreas urbanas e rurais. “É preciso uma condução defensiva e cuidado com os locais de escoamento. Mitigar este tipo de risco é importante”, acrescentou.
Em relação às barragens, tranquilizou a população: “Na barragem da Agueira estamos na cota 117, cerca de 70% da sua capacidade. O caudal no Mondego é baixo, perfeitamente normal, com boa capacidade de encaixe.”
O comandante sublinhou que a região enfrenta riscos contínuos, sobretudo nas áreas mais vulneráveis e nas cidades: “Os caudais vão chegar, os terrenos estão saturados, e é natural que possamos ter mais algumas inundações, principalmente em meio urbano, e também deslizamento de terras.”
Sublinha ainda os cuidados a ter junto ao mar, embora não haja aviso de agitação marítima. “Há sempre uma onda ou outra que possa ser mais intensa e apanhar as pessoas. É preciso cuidado e mitigar o risco. Não existe risco zero, seja no mar ou no interior.”
A Proteção Civil mantém-se atenta e recomenda que a população siga todas as medidas de prevenção e condução defensiva até que o alerta seja totalmente levantado.
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