Mais de metade dos portugueses admite não saber para onde se dirigir em caso de emergência médica. A conclusão é de um estudo incluído no Relatório de Avaliação de Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde, que expõe as fragilidades na comunicação e no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O inquérito, realizado a mais de 400 pessoas, mostra que apenas 47% sabem exatamente onde recorrer numa situação urgente. Além disso, 61% dos utentes consideram difícil contactar o SNS, marcar consultas, exames ou tratamentos. Apenas 39% descrevem estes processos como simples.
As falhas de resposta e de informação têm contribuído para uma perda de confiança no sistema público. O relatório destaca que muitos cidadãos enfrentam barreiras no acesso a cuidados essenciais, e alerta para a necessidade de reforçar a literacia em saúde e melhorar os canais de comunicação entre o SNS e os utentes, avança a SIC.
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O documento sublinha ainda que, perante estas dificuldades, mais de um terço dos portugueses já possui dupla cobertura de saúde, combinando o serviço público com seguros ou planos privados.
Em suma, o estudo traça um retrato preocupante do sistema: dificuldades de acesso, falhas de comunicação e cidadãos cada vez menos confiantes no SNS.
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