O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), que ficou em 9.º lugar nas eleições legislativas deste ano com 81.594 votos, utiliza parte da subvenção mensal recebida da Assembleia da República para pagar uma avença à psicóloga Joana Amaral Dias.
De acordo com o Correio da Manhã teve acesso, os últimos e-mails enviados pelo marido de Joana, Pedro Pinto, dono da empresa de consultoria informática Mutant Expression, indicam pagamentos de 4 mil euros mensais, referentes a “serviços prestados por Joana ao ADN”, como participações em campanhas, eventos públicos e debates televisivos. Em 2024, o partido admitiu ter pago um total de 25.830 euros à Mutant Expression. Em 2025, os pagamentos continuam no mesmo patamar.
O presidente do ADN, Bruno Fialho, confirmou os valores recebidos pelo partido – cerca de 28 mil euros mensais em 2024 e 23.800 euros em 2025 –, mas negou que se tratasse de uma avença a Joana Amaral Dias: “Não considero que o que ela presta ao partido sejam serviços, mas até poderiam ser, como por exemplo quilómetros feitos em prol do partido”, disse. Fialho admitiu apenas os pagamentos à empresa Mutant Expression, sem detalhar os serviços.
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O secretário-geral do partido, José Manuel Castro, confirmou a generalidade da informação, mas afirmou desconhecer se Joana Amaral Dias tem conhecimento de que os pagamentos provêm da subvenção parlamentar.
Bruno Fialho explicou que o ADN é financiado por três fontes: Subvenção parlamentar mensal; quotizações dos militantes; e donativos ocasionais, devidamente declarados.
O presidente do partido afirmou que não vê razões para retirar o apoio a Joana Amaral Dias na corrida às presidenciais, que ainda recolhe assinaturas. José Manuel Castro acrescentou que a situação já foi debatida internamente e que o esclarecimento será levado “até às últimas consequências”.
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