Educação

Geometria e estatística continuam a ser ponto fraco dos alunos do 9.º ano a Matemática

Notícias de Coimbra com Lusa | 48 minutos atrás em 11-11-2025

A geometria e a análise de dados e probabilidades continuam a ser o ponto fraco dos alunos nas provas de Matemática do 9.º ano, mas melhoraram o desempenho nas dimensões “números” e “álgebra” face ao ano anterior.  

No ano letivo 2024/2025 – o primeiro em que as provas do 9.º ano foram feitas em formato digital – a média das notas obtidas pelos alunos a Matemática foi 52 valores, numa escala de 0 a 100, próxima dos resultados conseguidos no ano anterior (51 valores), mas um relatório divulgado hoje traz mais detalhes sobre os pontos fortes e os pontos fracos dos estudantes.

De acordo com o Relatório Nacional das Provas Finais do Ensino Básico 2025, publicado pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), mantêm-se as dificuldades nos temas “dados e probabilidades” e “geometria”.

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Com uma média de 49 valores nas respostas aos itens relacionados com dados e probabilidades, o IAVE sublinha a necessidade de promover o desenvolvimento da literacia estatística.

Já na geometria, em que a média foi 41 valores, é apontada a importância de “desenvolver o raciocínio espacial dos alunos, desenvolvendo a capacidade de operar com figuras no plano e no espaço”.

Por outro lado, o desempenho médio dos estudantes melhorou, face ao ano anterior, nos temas “números” (66, numa escala de 0 a 100) e “álgebra” (56 valores).

Também a Português, em que a média dos resultados nacionais foi de 58, há competências em que os alunos se destacaram mais do que outras.

É o caso da “oralidade” e “gramática”, em que as médias subiram face ao ano 2023/2024 (mais 8,4 e 7,4 pontos percentuais, respetivamente), enquanto os resultados no domínio da “escrita” pioraram ligeiramente (menos 3,6 pontos percentuais).

Ainda assim, o IAVE ressalva que “os alunos revelaram alguma facilidade na produção do texto requerido”.

Entre os alunos estrangeiros, que não têm português como língua materna, predominam também as dificuldades na escrita, sobretudo no nível A2, sendo que, de acordo com o relatório, os resultados revelam a necessidade de “consolidação planificação, coesão e adequação discursiva”.

A principal área a desenvolver é, no entanto, a gramática, nos níveis A1 e B2, e o IAVE identifica fragilidades “no controlo morfossintático e na aplicação consistente das regras”.

Por outro lado, os alunos estrangeiros demonstraram ter mais facilidade em comunicar oralmente, bem como em compreender discurso oral.

O relatório do IAVE mostra ainda que os alunos beneficiários de ação social escolar obtiveram resultados ligeiramente mais baixos em todas as provas, com uma diferença maior a Matemática, de 2,7 valores, mas que o instituo classifica de pouco relevante.

Já na comparação entre escolas públicas e privadas, o desempenho dos alunos dos colégios tende a ser melhor, sobretudo a Matemática, em que a diferença é de 17,2 pontos.

Olhando para os alunos mais novos, do 4.º e do 6.º ano, o Relatório Nacional das Provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA) refere a facilidade demonstrada na compreensão de textos, enquanto a interpretação e integração de informações textuais em contextos diferentes parece ser mais difícil, no 4.º ano, bem como o estabelecimento de relações de causa-efeito e de informações de diferentes textos, ou interpretação de posicionamentos, no 6.º ano.

Nos dois anos de escolaridade predominam também as dificuldades na produção de textos, em particular no que respeita à coerência e coesão do texto.

A Matemática, os alunos do 4.º ano revelaram dificuldades na resolução de problemas com vários passos ou que impliquem raciocínio geométrico e orientação espacial, bem como em descrever a forma de pensar.

Os mais velhos, mostraram ter alguma dificuldade em recorrer aos conhecimentos matemáticos e em desenvolver estratégias adequadas para obter soluções válidas.

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