Uma equipa de arqueólogos egípcios e alemães identificou duas cavidades misteriosas no lado leste da Pirâmide de Miquerinos, a mais pequena das três famosas pirâmides do Planalto de Gizé.
A descoberta sugere a possibilidade de uma segunda entrada no monumento de 4.000 anos, segundo estudo publicado na edição de outubro da revista NDT & E International.
Construída durante o reinado do faraó Miquerinos (c. 2490–2472 a.C.), a pirâmide possuía originalmente cerca de 65 metros de altura. Até hoje, a entrada principal conhecida situa-se na face norte, como acontece com a maioria das pirâmides do Império Antigo. No entanto, os arqueólogos sempre se intrigaram com o lado leste, onde uma secção de blocos de calcário extremamente polidos sugere algo incomum.
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“As pedras são notavelmente polidas numa área com cerca de quatro metros de altura por seis metros de largura”, afirmou a equipa de investigação, destacando que pedras tão lisas só se encontram na entrada principal conhecida da pirâmide. Essa característica despertou a hipótese de que outra entrada poderia estar escondida sob a superfície.
Em 2019, o investigador independente Stijn van den Hoven sugeriu que uma passagem oculta poderia existir nessa área. Para testar a teoria, cientistas da Universidade do Cairo e da Universidade Técnica de Munique, no âmbito do projeto Scan Pyramids, realizaram levantamentos não invasivos ao longo de três anos, incluindo resistividade elétrica, radar de penetração no solo e testes ultrassónicos.
Os estudos revelaram duas cavidades adjacentes atrás da face leste da pirâmide: uma com aproximadamente 1,4 metros de profundidade e outra com 1,13 metros. Embora a função exata dessas cavidades ainda seja desconhecida, a descoberta reforça a hipótese de van den Hoven e pode indicar a existência de uma câmara ou passagem até então desconhecida.
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