Justiça
Suspeito de assassinar Diana Santos afirma que não matou, apenas “ajudou a esquartejar o corpo”
Imagem: Facebook
Começou nesta segunda-feira, 10 de novembro, o julgamento de Said Banhakeia, principal suspeito da morte de Diana Santos, cujo corpo foi encontrado em Mont-Saint-Martin há três anos.
Said está detido e responde por homicídio, com ou sem premeditação, e mutilação de cadáver, enquanto o sobrinho Gibran, suposto marido de Diana, continua foragido.
Na primeira audiência, Said afirmou estar inocente e, pela primeira vez, admitiu envolvimento no crime, alegando ter apenas ajudado a cortar o corpo, mas acusou indiretamente o sobrinho Gibran de cometer o homicídio. O réu demonstrou aparente calma diante de uma plateia de cerca de 20 pessoas, incluindo jornalistas, especialistas e testemunhas, descreve o Contacto.
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O Ministério Público mantém que Said matou Diana, independentemente da premeditação, enquanto o processo de Gibran segue separado.
Seis especialistas foram ouvidos nesta primeira sessão: um psiquiatra, um toxicólogo forense, um especialista alemão em perícia criminal, uma médica legista luxemburguesa, uma especialista em ADN e um investigador da polícia judiciária.
O psiquiatra relatou que Said conheceu Diana em fevereiro de 2021 e manteve relações sexuais com ela, mesmo sabendo de outra relação amorosa da vítima. Segundo ele, Said apresentou Diana a Gibran e teria combinado um casamento por 15 mil euros, pagando parcialmente 5 mil euros. Said contou ainda que, no dia da morte de Diana, Gibran teria admitido tê-la matado, e que ele próprio ajudou a cortar um dos braços e a transportar o corpo para Mont-Saint-Martin.
O especialista destacou que Said demonstra ausência de empatia, embora apresente baixo risco de reincidência, e que, segundo ele, o arguido seria capaz de cometer homicídio.
O toxicólogo forense apontou que Diana fazia uso de antidepressivos e tranquilizantes, além de estar sob efeito de canábis no momento da morte, mas sem sinais de agressividade.
A médica legista detalhou a dificuldade da autópsia devido à deterioração do corpo e indicou que os cortes sugerem a participação de pelo menos duas pessoas. A especialista em ADN confirmou vestígios de sangue de Diana nos óculos de Said, mas nenhum ADN de Gibran foi encontrado no corpo.
O investigador da polícia judiciária destacou que objetos da casa de Diana desapareceram após sua morte, como um frigorífico, um colchão e uma mesa de televisão, alguns com vestígios de ADN de Said e Gibran. Também observou que houve tentativa de limpar o local do crime.
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