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Quer comprar uma aldeia histórica? Há uma à venda a 1 hora de Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 10-11-2025

Imagem: DR

A aldeia histórica de Póvoa Dão, em Silgueiros, Viseu, está à venda em leilão online com um preço base de quase 1,7 milhões de euros (ME), anunciou hoje a leiloeira responsável, Leilosoc Worldwide.

Segundo uma nota de imprensa enviada à agência Lusa, a venda em leilão online de Póvoa Dão surge na sequência do “processo executivo da Nacala Holdings S.A.R.L e Outros”, proprietária da aldeia.

“Situada a 10 minutos de Viseu, esta aldeia conta com uma área total de cerca de 100 hectares. Nas suas características principais está o casario tradicional, que mantém a traça original e a existência de capela, restaurante, estacionamento, zonas comuns, e espaços exteriores ajardinados”, destaca o documento.

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As licitações no leilão, aberto ao público, decorrem até 05 de dezembro deste ano e “pode ser adquirida por um valor base de 1.699.898,08 euros e um valor mínimo de 1.444.913,35 euros”.

“Esta é uma oportunidade rara no mercado imobiliário português, oferecendo um potencial único para projetos de: ecoresort de luxo ou aldeamento turístico; empreendimento vinícola e enoturismo e condomínio rural sustentável”, realça.

A leiloeira destaca ainda a localização da aldeia, na região do Dão, “famosa pelos seus vinhos e paisagens de montanha”, tem acesso direto ao rio Dão, com praias fluviais “próxima de rotas turísticas, culturais e gastronómicas da Beira Alta”.

“Cada pedra da aldeia da Póvoa Dão conta uma história. Entre o silêncio do vale e o som do rio, esta aldeia é um refúgio de autenticidade, um cenário onde a tradição e a modernidade se encontram. Esta aldeia é a resposta para quem procura um investimento diferenciador e um pedaço autêntico de Portugal”, defende a leiloeira.

A Póvoa Dão foi notícia em maio de 1995 por ter sido vendida por 80 mil contos (cerca de 400 mil euros), numa altura em que viviam na aldeia “quatro idosos, das dezenas de famílias que 20 anos antes (década de 1975) habitavam na localidade”.

Em 1995, era a segunda vez que a aldeia tinha sido vendida, depois de na “primeira transação estarem envolvidos 11 contos de reis”, escreveu na altura a agência Lusa.

Em 2000, Póvoa Dão voltou a ser notícia por as 32 casas (de T0 a T3) de traça rural totalmente construídas em granito, na margem esquerda do rio Dão, estarem disponíveis para venda e também para turismo.

Quatro anos depois, o presidente do grupo Catarino, de Cantanhede, Vitor Catarino, que adquiriu a aldeia e a recuperou, disse à Agência Lusa que, apesar de há mais de um ano várias famílias ocuparem já as suas casas, que têm licença de habitabilidade, só nos últimos dias foi concedida a licença de turismo de aldeia, que permitirá receber turistas nalgumas habitações reservadas para o efeito”.

Em 2004, o então ministro da Economia, Carlos Tavares (PSD), inaugurou a reabilitação de Póvoa Dão cuja origem remonta às inquirições afonsinas anteriores a 1258 (século XIII).

Desde a sua aquisição, em 1995, o Grupo Catarino investiu cerca de 3.500 mil euros na recuperação da aldeia e em infraestruturas, escreveu a agência Lusa em 2004.

Na altura, tinham sido vendidas 20 casas, a famílias das cidades do Porto, Lisboa, Coimbra e Viseu e o grupo pretendia ficar com “seis ou sete” para exploração turística.

O conjunto arquitetónico é composto pelas 32 casas, um restaurante, uma piscina e um campo de ténis acessíveis tanto aos proprietários das habitações que forem vendidas como aos residentes temporários em regime de turismo de aldeia.

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