Mundo

Jovem que se passou por Madeleine McCann condenada a 6 meses de prisão por assédio

Notícias de Coimbra | 3 horas atrás em 08-11-2025

A jovem polaca Julia Wandelt, que afirmava ser a desaparecida Madeleine McCann, foi condenada a seis meses de prisão no Reino Unido por assediar os pais da menina, desaparecida desde 2007, em Portugal.

PUBLICIDADE

publicidade

Wandelt, de 24 anos, foi a julgamento por ter telefonado e escrito repetidamente a Kate e Gerry McCann entre junho de 2022 e fevereiro de 2025, e de se ter deslocado à residência da família em Rothley, perto de Leicester, centro de Inglaterra.

PUBLICIDADE

Os juízes classificaram a atuação de Wandelt como uma clara “campanha de assédio” contra Kate e Gerry McCann. 

Em 2023, alegou na rede social Instagram ser a menina desaparecida, mas um teste de ADN provou que não tinha qualquer ligação com a família.

Após um julgamento de cinco semanas no tribunal criminal de Leicester, o júri absolveu Julia Wandelt da acusação de perseguição, que, na legislação britânica, corresponde ao ato de seguir alguém ou de se dirigir à sua casa de forma não solicitada e obsessiva, mas declarou-a culpada de assédio.

A jovem, que se declarou inocente, escondeu o rosto entre as mãos ao ouvir o veredito e chorou. 

No entanto, a jovem, natural da Polónia, já cumpriu a pena imposta, uma vez que se encontra detida desde fevereiro, segundo informações divulgadas pela cadeia de televisão BBC, devendo agora ser deportada para a Polónia.

A acusada defendeu sempre que o seu objetivo não era assediar os McCann, mas sim “descobrir a sua verdadeira identidade”.

Uma segunda pessoa, Karen Spragg, uma sexagenária originária de Cardiff acusada de ter ajudado Wandelt, foi absolvida.

Madeleine McCann, então com três anos, desapareceu durante as férias em maio de 2007 de um apartamento no Algarve, enquanto os seus pais jantavam num restaurante a alguns metros, dentro do mesmo complexo turístico.

O desaparecimento nunca foi esclarecido, apesar de investigações policiais em Portugal, Reino Unido e Alemanha, e de uma campanha internacional e grande mobilização mediática.

Durante o julgamento, no qual os pais e a irmã mais nova de Madeleine testemunharam, os procuradores apresentaram provas científicas que demonstravam que o ADN de Wandelt não correspondia ao de Madeleine e que ela não tinha qualquer ligação familiar com os McCann.

Julia Wandelt afirmou que não queria chamar a atenção nem obter qualquer ganho financeiro, mas querer, disse: “Saber realmente quem eu sou”.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE