Um enfermeiro alemão, de 44 anos, foi condenado esta quinta-feira, 6 de novembro, a prisão perpétua por matar dez doentes e tentar matar outros 27 através da administração de injeções letais, num hospital da cidade de Würselen, na Alemanha.
De acordo com o tribunal, os crimes ocorreram entre dezembro de 2023 e maio de 2024, período em que o homem administrou sedativos misturados com analgésicos a pacientes gravemente doentes, na sua maioria idosos, sem qualquer autorização médica.
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A sentença estabelece que, devido à gravidade dos crimes, o condenado não poderá ser libertado nos primeiros 15 anos da pena — o período mínimo obrigatório previsto na legislação alemã para penas de prisão perpétua.
Segundo a acusação, o enfermeiro agia por falta de empatia e impaciência com os pacientes que exigiam maiores cuidados durante os turnos noturnos. “O objetivo era imobilizar aqueles que necessitavam de mais atenção para reduzir a carga de trabalho”, referiu o Ministério Público durante o julgamento.
O homem, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades alemãs, nega todas as acusações, alegando não ter administrado medicamentos sem autorização. A defesa pediu a absolvição, afirmando que não há provas diretas que liguem o arguido às substâncias encontradas nos corpos das vítimas, pode ler-se no Correio da Manhã.
A Procuradoria de Aachen indicou, contudo, que poderão existir mais vítimas, uma vez que novas exumações estão a ser realizadas para apurar se outros pacientes também foram afetados. Caso surjam novos elementos, poderá ser aberto um segundo julgamento.
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