O tradicional cartão Multibanco de plástico, durante décadas símbolo de modernidade e segurança em Portugal, está a perder terreno a uma velocidade inédita.
O que começou como uma curiosidade tecnológica tornou-se num fenómeno imparável: os pagamentos com telemóvel, relógios inteligentes e QR Codes estão a tornar o cartão físico quase obsoleto.
A questão já não é se o Multibanco vai acabar, mas quando. E tudo indica que, até 2030, pagar com cartão será tão raro como levantar dinheiro ao balcão, informa o Leak.
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O MB Way Pulse, aliado a plataformas como Apple Pay e Google Pay, transformou o telemóvel numa carteira completa.
A principal vantagem está na segurança: o número do cartão nunca é transmitido, sendo substituído por um token virtual único a cada transação. Isto elimina quase por completo os riscos de skimming ou clonagem.
Além disso, o telemóvel exige dupla autenticação — PIN, Face ID ou Touch ID — tornando o processo mais seguro do que o antigo cartão físico.
Depois dos smartphones, chegam os pagamentos wearables — feitos através de relógios inteligentes, pulseiras ou até anéis. Com um simples gesto do pulso, o utilizador pode efetuar o pagamento em segundos, sem desbloquear o telemóvel.
Para comerciantes e vendedores ambulantes, a revolução passa pelo QR Code. Em vez de investir num TPA (terminal de pagamento automático), muitos já usam um simples QR Code gerado no telemóvel — sem custos fixos nem burocracia.
Em países como a China, este método já domina o comércio de rua. Portugal segue a mesma tendência, com o MB Way e outras apps a liderarem a transição.
O cartão Multibanco ainda terá o seu espaço — sobretudo para levantamentos e uso internacional — mas a era do plástico está a chegar ao fim.
A próxima geração crescerá a pagar com o telemóvel, o relógio ou um código digital.
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