Saúde

Família da grávida morta “pede cabeça” da ministra da Saúde

Notícias de Coimbra | 13 horas atrás em 03-11-2025

A família de Umo Cani, a grávida de 36 anos que morreu depois de ter sido mandada para casa pelo Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), vai apresentar uma queixa-crime contra a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e apela ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que proceda à sua demissão.

Em declarações à SIC, Paloma Mendes, amiga da família, criticou duramente a atuação da ministra: “Desvalorizou completamente a culpa dela, não pediu desculpa, não lhe interessa pedir desculpa pelas declarações que fez. Culpabiliza completamente o hospital pela ausência de informação e não assume qualquer responsabilidade pelo que disse.”

Segundo a família, a indignação aumentou após as declarações da ministra no Parlamento, onde Ana Paula Martins afirmou que a vítima estava em Portugal apenas por motivos de turismo de saúde e que só teria começado a ser seguida a partir das 38 semanas de gravidez.

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Contudo, documentos oficiais desmentem essa versão, comprovando que Umo Cani residia em Portugal há pelo menos um ano e que estava a ser acompanhada pelo Serviço Nacional de Saúde desde 14 de julho.

“Uma demissão seria o mais certo a fazer”, sublinhou Paloma Mendes, referindo-se à ministra da Saúde e criticando igualmente Luís Montenegro, a quem acusa de desvalorizar os problemas atuais na área da obstetrícia.

O Ministério Público já abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da morte e eventuais responsabilidades no caso.

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