Universidade

Orphika realiza mais de 30 concertos em Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 horas atrás em 03-11-2025

 Mais de três dezenas de concertos compõem a programação do ciclo de música Orphika, organizado pela Universidade de Coimbra (UC) para transformar a cidade num palco, entre os dias 08 de novembro e 08 de dezembro.

O programa da sétima edição é “bastante amplo”, incluindo “mais de 30 concertos e eventos convergentes”, disse hoje o vice-reitor da UC para a Cultura, Comunicação e Ciência Aberta, Delfim Leão.

Durante a apresentação do ciclo de música Orphika, que decorreu esta manhã no colégio das artes, Delfim Leão indicou que ao longo de um mês vão decorrer concertos em 15 espaços de Coimbra, um reflexo da programação partir “do princípio base de que a cidade é um palco”.

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O ciclo de música conta este ano com 20 parceiros, que levam a cabo atividades individuais, mas também colaborativas.

Há “uma presença forte da música erudita”, com 12 concertos, numa programação que reúne também música tradicional e popular (seis propostas), ‘world music’ (três), contemporânea e experimental (cinco), coral e sacra, bem como destinada a crianças e famílias.

O Orphika arranca no sábado, com o musical para crianças “Voz do Amor”, no Teatro da Cerca de S. Bernardo.

No mesmo dia, sobe ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) o concerto de fado “100 anos de Carlos Paredes”, em que será feita uma homenagem ao artista português através da conjugação entre teatro, música e projeção documental.

Destaque também para o foto-concerto no dia 13 de novembro, no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, em que dezenas de fotografias, em projeções de grandes dimensões, serão acompanhada por sonoridades distintas interpretadas ao vivo.

Já o Atelier a Fábrica recebe, no dia 15 de novembro, um concerto de rock e música alternativa para assinalar os 30 anos do projeto The Grauº.

No dia 29 do mesmo mês, o TAGV acolhe o “Poesia Lusófona”, homenageando poetas da língua portuguesa como Duo Ouro Negro, Pixinguinha, Alexandre O’Neill, Florbela Espanca, Manuel Alegre e Fernando Pessoa, e assinalando também os 50 anos da independência de vários países lusófonos.

Pela primeira vez, a palestra-concerto (En)cantos Cósmicos, que intercala momentos explicativos de ciência com música, terá a canção de Coimbra para acompanhar a habitual música erudita, uma atividade agendada para 22 de novembro, no Planetário do Observatório Geofísico e Astronómico da UC, explicou o coordenador do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC, João Fernandes.

Outro destaque é o concerto de encerramento, a 08 de dezembro, onde a música experimental dá corpo ao espetáculo “O Coro das Vontades”, onde quase 40 pessoas sobem ao palco do TAGV para “dar voz as vontades de uma comunidade”, disse a diretora da Associação Há Baixa, Catarina Pires.

Este concerto, acrescentou, passou por um longo processo de criação, que envolveu também um grupo de crianças surdas, trazendo as suas histórias através de danças e da Língua Gestual Portuguesa, que abrem o espetáculo.

De acordo com Delfim Leão, a maioria dos concertos que compõem o programa do ciclo de música Orphika, organizado pela Universidade de Coimbra, tem entrada gratuita.

Na sessão de apresentação, Delfim Leão adiantou também que as ações promovidas pela reitoria da UC, e aquelas a que estão ligados, têm tido uma evolução em termos de público que ronda os 300% nos últimos anos.

A Universidade de Coimbra passou a ter, nas diferentes iniciativas, um número de espectadores que passou de cerca de 60 mil para 180 mil em 2024.

Esta subida para o triplo de público, no entender do responsável, é resultado da estratégica daquela instituição de ensino superior de realizar atividades em conjunto com outras entidades.

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