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Utentes dos Serviços Públicos contestam encerramento de urgência do Hospital de Covões

Notícias de Coimbra | 12 horas atrás em 02-11-2025

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) contestou hoje o encerramento da urgência do Hospital de Covões, alegando que “degradará os cuidados e sobrecarregará os profissionais de saúde” da urgência da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra.

Em comunicado, o MUSP de Coimbra defendeu “a reabertura e a valorização das urgências dos Covões como referência no Serviço Nacional de Saúde” e pediu “mais investimento público em médicos, enfermeiros e técnicos”.

A ULS de Coimbra (Hospitais da Universidade de Coimbra) anunciou que desde hoje o Serviço de Urgência do Hospital dos Covões funciona como Centro de Atendimento Clínico, assegurando situações agudas não emergentes.

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A ULS justificou a medida com a pouca procura da urgência, estimada em 10 a 15 atendimentos diários, tendo o diretor do Serviço de Urgência da ULS de Coimbra, Henrique Alexandrino, invocado à Lusa a necessidade de uma melhor gestão de recursos.

“A alegada falta de procura foi provocada pelo próprio Governo, ao deixar de encaminhar doentes para os Covões através da [linha telefónica] Saúde 24, desviando-os para unidades privadas e distantes”, contra-argumentou o MUSP, que considera “tratar-se de uma decisão economicista”.

O PCP já exigiu a reversão da decisão, considerando que “o número de utentes abrangidos pela área que serve este hospital justifica a manutenção, em pleno, das urgências do Hospital dos Covões” e realçando que “as urgências não são gorduras, não são redundâncias, não são desperdícios”.

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