Saúde

PCP exige reabertura das urgências dos Covões

Notícias de Coimbra | 30 minutos atrás em 01-11-2025

O Partido Comunista Português (PCP) exigiu hoje a reversão da decisão da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra de transformar o serviço de urgência do Hospital dos Covões em centro de atendimento clínico.

“É uma decisão errada que tem que ser revertida”, exige o Partido Comunista Português (PCP) numa nota enviada à agência Lusa.

A administração da ULS de Coimbra, presidida por Alexandre Lourenço, decidiu que o Serviço de Urgência do Hospital Geral, comummente chamado de Hospital dos Covões, passaria a partir de hoje a ser um centro de atendimento clínico.

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Com esta mudança, o Hospital Geral passa a assegurar situações agudas não emergentes e só recebe utentes encaminhados pela Linha SNS24 ou por outras unidades hospitalares, indicou a ULS de Coimbra em comunicado.

No entender do PCP, esta decisão da administração da ULS de Coimbra “ao serviço do governo do PSD/CDS” lembra “a primeira tentativa de encerramento, em 2012” e que o partido se manifestou, igualmente, contra.

Para o PCP, “o número de utentes abrangidos pela área que serve este hospital justifica a manutenção, em pleno, das urgências do Hospital dos Covões” e realça que “as urgências não são gorduras, não são redundâncias, não são desperdícios”.

“Gorduras, redundâncias e desperdícios são as parcerias público-privadas na saúde, a convenção de serviços que podem ser oferecidos pelos serviços públicos, a contratação privada de meios auxiliares de diagnóstico quando há capacidade instalada no público”, refere o PCP.

Esta decisão, no entender do partido, “não pode ser desligada da destruidora fusão dos Centros Hospitalares de Coimbra que deu origem ao CHUC, decidida em 2010 durante o governo PS e implementada no terreno a partir de 2011 pelo Governo do PSD/CDS, continuada pelos sucessivos governos”.

O que levou a “encerramentos de muitas valências, e aprofundada pelo último governo de maioria absoluta do PS com a criação da ULS que passou a ser uma estrutura de anormal dimensão e de difícil e complexa gestão, com uma área de influência enorme”.

“A insistência nesta medida, 13 anos depois, demonstra que a política dos governos do PSD/CDS tem como objetivo central o desinvestimento e desarticulação do SNS, criando assim caminho para o florescimento do negócio da doença”, entende o PCP.

Para o PCP, o envio dos doentes para o serviço de urgência do Bloco Central do CHUC “não é solução, apenas contribuirá para as crescentes situações caóticas e sobrelotação nos serviços, degradando condições de atendimento e favorecendo o negócio” da doença.

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