Empresa responsável pelo evento ainda não pagou a todos os colaboradores que estiveram a trabalhar no evento realizado entre 11 e 27 de julho no Parque Verde do Mondego.
De acordo com a denúncia recebida pelo Notícias de Coimbra, a empresa responsável pela organização – Cosmikdirection com sede na Rua António Pinho Brojo em Coimbra – ainda não regularizou “ao fim de três meses” o pagamento a, pelo menos, duas pessoas que trabalharam durante aquele período no Parque Verde do Mondego.
“Este senhor (Sérgio Leal) ainda culpabiliza a Câmara Municipal de Coimbra e a União das Freguesias de Coimbra pela não regularização do apoio financeiro para a organização do festival, alegando assim a falta de verbas para pagar aos trabalhadores do festival”, referem.
PUBLICIDADE
Perante a falta de respostas, já que o responsável não atende o telemóvel nem responde aos diversos mails e mensagens, foi apresentada queixa junto da PSP e da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) por “exploração laboral”.
O Notícias de Coimbra tentou contactar o responsável da empresa por telemóvel desde a tarde de 29 de outubro. Nos primeiros contactos, referiu por mensagem SMS que se encontrava numa reunião e que ligaria, de novo, “assim que possível”.
Mas, após o envio de um mail para o contacto do evento – mondegovibe@gmail.com -, o telemóvel toca mas a chamada encerra por ausência de resposta.
Ao início da tarde de quinta-feira, 30 de outubro, o responsável Sérgio Leal respondeu por mail reconhecendo que “alguns prestadores de serviços que colaboraram no evento Mondego Vibe registaram atrasos na regularização dos respetivos pagamentos, devido a motivos de natureza superveniente e/ou contabilística”.
“A situação encontra-se já regularizada em vários casos e em vias de total resolução nos restantes”, frisou.

O Notícias de Coimbra solicitou informações junto das duas entidades citadas: União das Freguesias de Coimbra e Câmara Municipal de Coimbra.
Do lado do município, foi dito que este “cumpriu com todas as suas obrigações contratuais e compromissos assumidos ao abrigo do protocolo celebrado” com a União das Freguesias de Coimbra. “Não foi concedido, por parte do Município de Coimbra, qualquer apoio financeiro à organização do evento em questão”, frisam.
As obrigações da autarquia, conforme consta no acordo, passavam por “reserva de espaço entre 30 junho e 5 de agosto – o período temporal referido já inclui períodos de montagem e desmontagem; disponibilização de um ponto de luz entre 30 junho e 5 de agosto, até à potência máxima que o Município dispõe neste local; apoio da Divisão de Espaços Verdes e Jardins para assegurar a boa fixação dos insufláveis, sem danificar outras infra-estruturas; reforço de contentores de lixo no espaço do evento, que deverão ser despejados diariamente, durante o período em que o evento estiver a decorrer; reforço da limpeza do recinto nos dias do evento e após as desmontagens; policiamento de proximidade por parte da Polícia Municipal, nos dias de realização do evento; disponibilização de 500 baias/barreiras metálicas ou divisórias/vedação; avaliação das condições de segurança por parte do Serviço Municipal de Proteção Civil; e disponibilização de um circuito de mupis”.
Desta forma, esclarecem que “os alegados incumprimentos que possam estar relacionados com este evento não são da responsabilidade do Município”.
Por parte da União das Freguesias de Coimbra, foi dito que apenas “prestou apoio logístico à organização do evento Mondego Vibe, nomeadamente através da cedência de material necessário à realização do mesmo”.
Ao mesmo tempo, é referido que a freguesia “não prestou qualquer tipo de apoio financeiro, pese embora tenha adquirido à empresa do senhor Sérgio Leal um total de 2.000 pulseiras, que foram distribuídas pelas crianças carenciadas da nossa freguesia e dos participantes das atividades das férias escolares”.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
 
 
									   
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			 
			
You must be logged in to post a comment.