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Universitária descobre que foi mãe após 5 dias do parto

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 30-10-2025

Imagem: DR

Aos 21 anos, a estudante universitária Annalice Nascimento de Melo, natural do Brasil, viveu um caso raro e surpreendente: só tomou conhecimento de que era mãe cinco dias depois de ter dado à luz o seu filho, Levi Emanuel, no dia 16 de junho.

O nascimento prematuro, com 34 semanas de gestação, apanhou de surpresa tanto a jovem como todos à sua volta, já que Annalice teve uma “gravidez silenciosa”, sem perceber qualquer sinal de que carregava uma criança. A estudante mantinha uma vida ativa entre estágios, aulas, trabalho como assistente terapêutica, projetos universitários e presidência do centro académico, além de praticar desporto e acrobacias circenses, sem alterações na alimentação ou rotina.

Tudo começou quando Annalice sofreu uma forte dor de cabeça no dia 16 de junho, sendo levada à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Pajuçara, na Zona Norte de Natal. Após ser medicada, regressou a casa, mas durante a madrugada do dia seguinte teve uma convulsão e foi novamente encaminhada, desta vez para o Hospital Santa Catarina, com a pressão arterial extremamente elevada (19 por 9).

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A partir daí, a estudante só recuperou parcialmente a memória através de relatos de profissionais de saúde e familiares. No dia 21 de junho, ao acordar na UTI, foi informada por uma psicóloga e uma assistente social de que havia dado à luz. “Foi um choque. Acho que nem dormi naquela noite”, recorda Annalice ao G1.

Após exames iniciais, os médicos suspeitaram de um tumor ou hemorragia cerebral, e só através de uma ultrassonografia confirmaram a gravidez. Durante o parto, realizado com a jovem amarrada e os olhos vendados devido ao risco de novas convulsões, Levi Emanuel nasceu às 12:40, com 38 cm e 1,2 kg, em estado frágil, tendo passado por uma paragem cardiorrespiratória, infeções, anemia e tratamento com luz azul.

Mãe e filho só se conheceram no dia 26, após a alta de Annalice, que permaneceu no hospital até 1 de agosto. Os médicos explicam que a gravidez passou despercebida, em parte, pelo corpo atlético da mãe e pelo útero posicionado mais alto, permitindo que o bebé crescesse entre as costelas.

Annalice refere ainda que teve sangramentos ao longo da gestação, que atribuía à menstruação, mas que poderiam indicar sinais de descolamento de placenta. Atualmente, Levi Emanuel encontra-se estável, sendo acompanhado regularmente pela equipa hospitalar, pelo posto de saúde do bairro e por profissionais do plano de saúde devido à prematuridade.

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