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Moradores encontram mais de 40 corpos após operação policial no Rio de Janeiro

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 horas atrás em 29-10-2025

Imagem: DR

Mais 40 de corpos sem vida foram encontrados por moradores de favelas do Rio de Janeiro que, na véspera, foram palco da operação policial mais letal da cidade, segundo a imprensa, que acompanhou o processo.

De acordo com a agência espanhola Efe, os corpos foram colocados por vizinhos numa praça do bairro da Penha.

No entanto, o portal G1 contabilizou mais de 54 corpos encontrados. Segundo o mesmo portal, os corpos foram encontrados na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos.

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A recuperação dos corpos, sem a ajuda de autoridades, ainda em curso, está a ser realizada pelos moradores dos complexos de favelas do Alemão e da Penha, situados numa das zonas mais pobres e violentas do Rio de Janeiro, na zona Norte da cidade.

O balanço oficial de vítimas da operação é de 64 mortos, entre eles quatro polícias, e ainda não está claro se os cadáveres recuperados hoje estão incluídos nessa lista.

Os corpos, todos de homens, ficaram estendidos no chão, lado a lado, à vista dos moradores e dos jornalistas que chegaram ao local.

A operação de resgate, realizada em zonas de mata nas imediações das favelas, foi liderada principalmente por mulheres, que procuravam os seus companheiros, irmãos ou filhos.

De acordo com o último relatório oficial, divulgado na noite de terça-feira, a operação provocou 64 mortos, entre eles quatro polícias e resultou em 81 detenções.

O Governo regional não forneceu dados sobre quantos corpos foram recuperados na terça-feira.

A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes e tinha como objetivo executar 100 mandados de detenção de membros do Comando Vermelho, uma das principais fações de narcotraficantes do Brasil.

Os alegados traficantes responderam com bloqueios em várias vias da zona norte do Rio de janeiro, onde decorreu a operação.

As operações e os bloqueios provocaram interrupções na circulação de cerca de uma centena de linhas de autocarros e o encerramento de dezenas de escolas e centros de saúde.

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