O antigo dirigente do Chega Nuno Pardal Ribeiro será julgado por dois crimes de recurso à prostituição de menores, um na forma tentada e outro consumado, decidiu o Tribunal de Instrução de Cascais.
Nuno Pardal Ribeiro tinha pedido a abertura de instrução e o tribunal competente para avaliar se existem factos suficientes para seguir para a fase de julgamento entendeu pronunciar o ex-vice da distrital de Lisboa do Chega nos exatos termos da acusação – será julgado pelos mesmos crimes de que está acusado pelo Ministério Público.
A notícia foi avançada esta quinta-feira pelo jornal Expresso e, de acordo com a acusação a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público pretende que Nuno Pardal Ribeiro seja também proibido de exercer funções públicas ou privadas que envolvam contacto com menores.
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Em 2023, Nuno Pardal Ribeiro terá conhecido um jovem de 15 anos através de uma aplicação destinada a encontros, tendo combinado encontrar-se com o menor que é agora assistente no processo.
Para o Ministério Público, “o arguido sabia que o assistente tinha 15 anos de idade” e, mesmo assim, praticou atos sexuais a troco de dinheiro. Segundo a acusação, Nuno Pardal Ribeiro pagou 20 euros ao menor, tendo combinado um segundo encontro que não chegou a acontecer.
“O arguido agiu sempre de forma livre, voluntária e consciente, bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei”, lê-se na acusação.
Além de Nuno Pardal Ribeiro, este processo tem outro arguido, de 76 anos, acusado de um crime de recurso à prostituição de menores.
Depois da acusação do Ministério Público, em fevereiro deste ano, Nuno Pardal Ribeiro apresentou a sua demissão da vice-presidência da distrital de Lisboa do partido, depois de renunciar ao mandato de deputado municipal.
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