Jorge Manuel Martins Dias, 75 anos, morreu deixando um importante legado na fotografia documental da Figueira da Foz.
Estava internado há várias semanas no Hospital Distrital daquela cidade, dá conta o Figueira na Hora.
Natural de Lisboa, Jorge Dias viveu parte da sua vida na Marinha Grande, fixando-se posteriormente na Figueira da Foz, onde residia na Rua da República. Colaborou ativamente com diversos jornais locais e regionais, tornando-se um guardador fiel da história e da memória da região.
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Além do associativismo local, Jorge Dias destacou-se na documentação do 25 de Abril. Enquanto furriel miliciano no antigo Regimento de Artilharia Pesada (RAP 3), registou, acompanhado pelo capitão Dinis de Almeida, a movimentação de tropas na madrugada de 25 de Abril, os festejos dos dias seguintes e as manifestações de 27 de abril e 1.º de maio.
O seu trabalho continua a ser reconhecido. Em 2021, no âmbito do 47.º aniversário do 25 de Abril, o Município da Figueira da Foz promoveu a exposição «A Figueira da Foz e o 25 de abril», com 47 fotografias de Jorge Dias, integradas no espólio do Arquivo Fotográfico Municipal. Em 2024, a Casa do Paço apresentou novamente as suas imagens icónicas sobre a Revolução dos Cravos. Nesse mesmo ano, António Jorge Lé lançou o livro «25 de Abril na Figueira – antes e depois», com fotografias do autor.
O corpo de Jorge Dias encontra-se no Centro Funerário Oliveira, a partir das 9:00 de sexta-feira, 17 de outubro, onde serão realizadas cerimónias fúnebres pelas 12:00. O cortejo seguirá depois para o Complexo Funerário da Figueira da Foz, onde será cremado.
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