Dois meses após o incêndio da Lousã, que devastou as instalações e plantações da empresa agrícola BelaBerry, os trabalhos de reconstrução começaram.
O fogo, descrito como violento e impiedoso, consumiu um armazém cheio de máquinas, ferramentas e memórias, para além de uma parte expressiva das culturas da empresa.
Este desastre acontece quase exatamente oito anos depois do incêndio de 2017, que também forçou a BelaBerry a começar do zero.
PUBLICIDADE
“Recomeçaremos agora também”, afirmam os responsáveis pela empresa.
Segundo a BelaBerry, os prejuízos já foram avaliados e validados pelas entidades competentes, revelando-se muito superiores ao que se pensava inicialmente. Apesar das promessas públicas de apoio por parte do governo, como os 10 mil euros anunciados pelo primeiro-ministro para reposição de bens, mesmo não documentados, a ajuda ainda não chegou. “E não sabemos quando chegará”, lamenta a equipa.
Apesar da ausência de apoios institucionais efetivos, a empresa destaca que não esteve sozinha: “Os apoios vieram apenas de quem não tinha qualquer obrigação de nos ajudar”. A mobilização da comunidade local e de pessoas solidárias foi essencial para manter viva a esperança e a força para recomeçar.
Neste momento, a BelaBerry encontra-se a desmontar o que restou do armazém e já iniciou nova plantação.
“Fazemo-lo com receio, porque talvez falte uma fotografia, um registo, uma prova do que ali existia e se perdeu, mas não podemos continuar a ter destruição à porta”, afirma a equipa. “Cansados, mas de pé.”
Imagens do local e do processo de recuperação foram partilhadas pela empresa nas suas redes sociais.
PUBLICIDADE