Política

PSD conquista 9 municípios, mas a perda de Coimbra deixa sabor agridoce

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 horas atrás em 13-10-2025

 O presidente da distrital do PSD em Coimbra afirmou hoje que as eleições autárquicas de domingo tiveram um sabor agridoce para os sociais-democratas, por passarem a ter a maioria das presidências, mas com perda da capital de distrito.

“É um sabor agridoce. Por um lado, recupera-se a maioria das presidências de Câmara do distrito, com o grande contratempo da noite a ser o resultado de Coimbra”, disse à agência Lusa Paulo Leitão.

Nas eleições autárquicas, o PSD passou a ter a maioria dos municípios de Coimbra, com a conquista de nove das 17 Câmaras, mas perdeu a capital de distrito para uma coligação liderada pelo PS, partido que passa de nove para cinco autarquias.

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Paulo Leitão afirmou que será preciso fazer “uma análise cuidada” da derrota na capital de distrito, onde o PSD liderava uma coligação encabeçada por José Manuel Silva, que se recandidatava ao cargo depois de ter tido maioria absoluta em 2021 contra Manuel Machado (PS).

“Olhando para os resultados em bruto, verifica-se que houve uma grande concentração de votos à esquerda. Parece que funcionou o voto útil à esquerda e temos de perceber o impacto desse voto útil naquilo que eram os resultados que nós esperaríamos”, disse.

Relativamente aos municípios conquistados ao PS (Miranda do Corvo e Lousã), Paulo Leitão disse que “não houve nenhuma surpresa”.

O PSD, com a exceção de Coimbra, conseguiu a eleição de todos os autarcas que se recandidatavam ao cargo (Góis, Pampilhosa da Serra, Arganil, Cantanhede e Penacova), tendo ainda somado vitórias em Mira (atual presidente assumiu o cargo há dois anos) e na Figueira da Foz, reelegendo Santana Lopes, que em 2021 tinha conquistado o município por um movimento independente.

Apesar da maioria no distrito (nove em 17 municípios), os sociais-democratas têm apenas uma maioria relativa na Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra – CIMRC (que inclui ainda os concelhos de Mealhada, distrito de Aveiro, e Mortágua, distrito de Viseu).

“Os nove não são suficientes para garantir a maioria, porque estamos a falar de nove do PSD, seis pelo PS e restantes quatro por movimentos independentes. Haverá agora um período de diálogo e serão gerados os consensos necessários à governação da CIM, em que tem havido um histórico de capacidade de chegar a entendimentos”, disse.

Apesar disso, a expectativa da distrital é a de que o PSD possa liderar a CIMRC, que tem sido sempre encabeçada “pela força política com mais presidentes de Câmara”, aclarou.

No distrito de Coimbra, o PS passou nove municípios para cinco (perdeu três para movimentos independentes, dois para o PSD e recuperou uma Câmara aos sociais-democratas).

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