Um estudo recente da DECO PROteste revelou que muitos jovens portugueses entre os 12 e os 17 anos sentem dificuldades em distinguir notícias verdadeiras de falsas na internet.
Apesar de seguirem influenciadores e terem alguma consciência sobre a influência dos algoritmos nas redes sociais, quase metade dos jovens admite apenas “às vezes” conseguir identificar notícias falsas.
Segundo o inquérito realizado em julho de 2025 em Portugal, Espanha, Itália, Bélgica e Polónia, 45% dos jovens dizem conseguir detectar, por vezes, notícias falsas; 38% têm essa percepção em relação a textos, 36% a imagens e 39% a vídeos. Alarmantemente, 18% dos participantes afirmam não conseguir, de todo, discernir se uma notícia é falsa ou verdadeira.
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A pesquisa da DECO também destacou que os conteúdos gerados por inteligência artificial são ainda mais difíceis de identificar como falsos, aumentando o desafio da desinformação.
No que toca à influência digital, dois terços dos jovens admitem já ter comprado produtos sugeridos por influenciadores online. Apesar disso, a compreensão sobre o funcionamento dos algoritmos que regulam os feeds das redes sociais ainda é limitada: apenas 35% reconhecem que as escolhas que fazem online são influenciadas por algoritmos que utilizam os seus dados pessoais.
Quanto aos anúncios personalizados, os jovens mostram-se divididos: 41% consideram-nos úteis, mas 47% afirmam que acabam por comprar mais do que realmente precisam devido a estes anúncios.
Além disso, 67% gostariam de ter maior controlo sobre o conteúdo que veem nas suas redes sociais, enquanto mais de 60% reconhecem que os algoritmos os fazem passar mais tempo do que desejam nas plataformas.
Este estudo evidencia a importância da educação digital e da literacia mediática para ajudar os jovens a navegar de forma crítica e segura no universo online.
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