O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira uma proposta que poderá proibir denominações como “salsicha vegetal”, “hambúrguer vegetariano” ou “almôndegas vegan” para produtos de origem vegetal. A votação terminou com 355 votos a favor e 247 contra, e a medida segue agora para negociação com os Estados-membros da União Europeia.
A proposta tem como objetivo impedir que produtos que não contenham carne utilizem termos tradicionalmente associados a produtos cárneos. “Não é salsicha e não é bife; simplesmente, é preciso chamar um cão de ‘cão’ e um gato de ‘gato’”, criticou a eurodeputada Céline Imart, do Partido Popular Europeu, que propôs a medida. Segundo Imart, usar estes nomes “tira partido da fama desses produtos” e pode induzir o consumidor em erro.
O tema já tinha sido debatido em 2020, quando a lei não foi aprovada. No entanto, com as alterações derivadas das eleições europeias de 2024, que aumentaram a representação da direita no Parlamento, a questão voltou à ordem do dia, agora com maior apoio político, pode ler-se na SIC.
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Céline Imart, que é também produtora de cereais, sublinhou que a iniciativa visa criar coerência com a regulamentação europeia, que já protege os termos relacionados com produtos lácteos. “É legítimo fazer o mesmo com a carne”, afirmou, defendendo que os consumidores devem ter clareza sobre a origem dos produtos que compram.
Se a proposta for ratificada pelos Estados-membros, as empresas que produzem alternativas vegetais terão de alterar os nomes dos seus produtos, adotando designações que não façam referência à carne.
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