A candidatura da CDU à Câmara de Coimbra advogou hoje uma política municipal de cultura completamente diferente da que tem sido desenvolvida pelo atual executivo, que promova os agentes culturais e as instituições do concelho.
O candidato Francisco Queirós defendeu “uma política completamente ao avesso da que tem sido feita” e a construção, “de uma vez por todas”, da casa das associações, para que os organismos culturais tenham um espaço para as suas atividades.
No seu programa eleitoral, propõe também um centro de recursos para os operadores que têm atividades cénicas na cidade, “que facilitaria a vida das companhias de teatro profissionais ou de grupos amadores”.
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Francisco Queirós acusou o atual executivo liderado por José Manuel Silva, da coligação Juntos Somos Coimbra, de promover uma cultura espetáculo, de entretenimento e ligada ao turismo.
“Em vez da política do foguetório, do espetáculo e do turismo, [queremos] uma política ligada às pessoas, à cultura das nossas gentes, às coletividades e aos agentes culturais”, sublinhou à agência Lusa, numa declaração no icónico Pátio da Inquisição, na Baixa de Coimbra.
Salientando que não tem “nada contra” o grande espetáculo, o candidato comunista sustentou que a Câmara “não pode gastar dezenas e dezenas de milhar de euros em grandes eventos, preterindo, dessa forma, a cultura que se semeia e que dá frutos”.
“A cultura é para ser usufruída, chegar às populações, para criar hábitos, pelo que precisamos de promover públicos, de levar os jovens a ler mais, a visitar museus e os diversos espaços da cidade, a ir ao teatro e ao cinema”, enfatizou.
Para Francisco Queirós, existe um “vastíssimo trabalho a fazer pela Câmara Municipal, em articulação com o movimento associativo e os agentes culturais, em vez do foguetório e do espetáculo”.
Além de Francisco Queirós, são candidatos à Câmara de Coimbra nas eleições do próximo domingo o atual presidente José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/MPT/Volt); a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN); o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega, Sancho Antunes, pelo ADN, e Tiago Martins, pela Nova Direita.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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