O candidato do partido Nova Direita à Câmara de Coimbra, Tiago Martins, defendeu hoje a articulação entre metrobus, Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) e ciclovias, bem como o estacionamento gratuito em hospitais e unidades de saúde.
“Temos de integrar os nossos transportes, articular o metrobus, os SMTUC, as ciclovias. Muita gente fala do SMTUC como sendo um bicho-de-sete-cabeças, mas nós, Câmara Municipal, é que o criámos, porque os horários têm de ser bem estudados, tem de haver mesmo uma boa articulação”, destacou.
Em declarações à agência Lusa, o candidato da Nova Direita frisou o papel fundamental dos SMTUC, que fazem parte da identidade de Coimbra, apontando ainda a necessidade de se valorizarem as suas oficinas e, consequentemente, de se repararem alguns autocarros, aos quais se está a juntar também uma nova frota.
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“Os SMTUC são a identidade de Coimbra também ao nível dos transportes e por mais que agora tenhamos o metrobus e que possamos vir a ter a linha de alta velocidade, nós nunca podemos ignorar o papel fundamental que os SMTUC têm tido e devem continuar a ter”.
De acordo com Tiago Martins, é também necessário reforçar a mobilidade nas freguesias, com mini-autocarros regulares, com horários fixos e compatíveis.
“Não só horários diurnos, mas também ponderar a questão dos horários noturnos. Sei que os horários noturnos, por vezes, não dão tanto lucro, mas não podemos pensar só na questão financeira, na questão do negócio: temos de pensar na questão de qualquer pessoa poder circular das freguesias para Coimbra e de Coimbra para as freguesias, sejam estudantes, sejam pessoas de mais idade”, justificou.
No que toca a estacionamentos, o candidato da Nova Direita deixou a garantia de que este será gratuito em qualquer hospital ou unidade de saúde familiar.
“A saúde não pode mesmo ser confundida com o negócio, os hospitais não podem mesmo ser confundidos com o negócio”, acrescentou.
Para Tiago Martins, a gratuitidade dos estacionamentos deve também estender-se, “pelo menos, nas entradas da cidade: Ceira, Cernache e Antanhol”.
“É importante também haver uma rede ciclável inclusiva, com ciclovias adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida. Todos os candidatos à Câmara Municipal deveriam pôr-se numa cadeira de rodas durante um dia inteiro e passear pela Baixa de Coimbra, pela Portagem, pelas ruas mais estreitinhas”, vincou.
À Lusa, garantiu que a Nova Direita consegue fazer um diagnóstico de fluxos “ainda em 2025” e que consegue implementar os transportes periféricos, que ainda não estão bem implementados, em 2026.
“Acredito que nós conseguimos, em 2027, fazer uma revisão e uma expansão da rede ciclável com pés e cabeça”, afirmou.
Sobre a questão da alta velocidade, aludiu à “falta de planeamento” e à necessidade de se criarem zonas de desenvolvimento económico junto à futura estação.
“Com habitação acessível e espaços empresariais, garantir que nenhum bairro fica isolado, reforçando acessos locais antes da chegada do projeto e trabalhar com o Governo e com as Infraestruturas de Portugal. Bater o pé para que Coimbra não seja apenas atravessada, mas beneficiada”, concluiu.
Além de Tiago Martins, pelo partido Nova Direita, são candidatos no dia 12 o atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/IL/CDS/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/MPT); Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra (PS/Livre/PAN); Francisco Queirós, pela CDU (coligação PCP/PEV); José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda; Maria Lencastre Portugal, pelo Chega; e Sancho Antunes, pelo ADN.
O atual executivo é composto por seis elementos da coligação Juntos Somos Coimbra, quatro do PS e um da CDU.
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