Família de Cernache queixou-se que o atraso no socorro, motivado pelo bloqueio dos números de telefone, terá levado à morte de familiar.
Na entrevista ao Notícias de Coimbra, a filha e o genro terão solicitado na tarde de domingo a presença de uma ambulância na casa do pai e sogro no Bairro do Ingote, em Coimbra, mas o facto das queixas não terem sido consideradas “urgentes” levaram a que os familiares tenham efetuado diversos telefonemas.
Até que, como recordaram, ficaram impossibilitados de ligar mais para o 112. Em resposta, o INEM esclarece que não tem capacidade de bloquear números de telefone, pois “o contato dos utentes com o INEM é feito em primeira linha com o 112, cujo atendimento é assegurado pelas Centrais de Emergência (PSP) e não pelo INEM”.
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Sobre os procedimentos da tarde de domingo, o gabinete de comunicação do INEM refere que “foram recebidas cinco chamadas no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, entre as 17:19 e as 18:20, todas devidamente atendidas e triadas pelo CODU”.
“Não foram transmitidos pelos contactantes quaisquer critérios de gravidade que exigissem o acionamento de uma Ambulância de Emergência, tendo as chamadas sido transferidas para o SNS24 para referenciação adequada”, referem.
Na resposta às questões do Notícias de Coimbra, o instituto afirma ainda que só “na quinta chamada, às 18:20, o contactante refere que sofreu queda no dia anterior (quando na primeira chamada referiu que a queda teria sido há 5 dias), tendo então sido seguido o fluxo de trauma e acionada uma ambulância”.
Como tal, “a atuação do INEM foi sempre correta, tendo sido seguidos todos os procedimentos instituídos”.
O Notícias de Coimbra já solicitou informações ao Comando Distrital da PSP de Coimbra sobre este procedimento usado no passado domingo, 28 de setembro.
Reveja a entrevista da família ao NDC
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