Cinco indivíduos, quatro mulheres e um homem, com idades entre os 19 e os 31 anos, foram detidos na noite de 2 de outubro em Coimbra, indiciados pela prática de crimes de resistência e coação sobre funcionários, esclarece o comunicado da Polícia de Segurança Pública (PSP).
De acordo com a nota, a detenção ocorreu no contexto de uma manifestação na Praça 8 de Maio, que “não foi comunicada ao Presidente da Câmara Municipal com a antecedência mínima de dois dias úteis, conforme estipulado no n.º 1 do art.º 2 do Decreto-Lei n.º 406/1974, de 29 de agosto, com a redação introduzida pela Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de novembro”.
Apesar do incumprimento legal, a polícia “promoveu as condições necessárias para que a referida concentração decorresse em segurança para todos os envolvidos e restante população, tendo identificado os respetivos promotores para posterior comunicação às autoridades judiciais, nos termos da lei”.
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Ainda de acordo com a PSP, cerca de 300 manifestantes desfilaram em direção à Ponte de Santa Clara, contrariando as indicações policiais e ocupando todas as faixas de rodagem, impedindo a circulação automóvel. “Os polícias presentes no local efetuaram múltiplas insistências para a abertura da via, sensibilizando os participantes para a sua importância”, explica o comunicado. Após cerca de uma hora, a maioria regressou voluntariamente à Praça 8 de Maio, mas “um pequeno grupo decidiu manter-se no local, incitando à desobediência e resistência coletivas”.
O comunicado detalha que, após esgotadas todas as formas de diálogo, “foi necessário usar da força estritamente necessária para retirar estas pessoas das faixas de rodagem, com o objetivo de restabelecer a circulação automóvel, particularmente das viaturas de emergência”. Durante a ação, alguns manifestantes “optaram por injuriar e cuspir nos polícias presentes”, resultando na detenção de cinco indivíduos. Um agente policial ficou ferido e recebeu tratamento hospitalar.
Concluídas as diligências processuais, os detidos foram “notificados para comparência em Tribunal, em data posterior, tendo sido libertados de seguida”. A PSP acrescentou que “dois dos suspeitos já haviam sido detidos anteriormente, pelos mesmos motivos”.
A Polícia de Segurança Pública reforça o apelo para que futuras manifestações “decorram dentro do espírito da Lei, com civismo e respeito pelos direitos de todas as pessoas”.
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