Uma operação levada a cabo, esta quarta-feira (01), pela PJ, através da Directoria do Centro, fez abortar, em Coimbra, a preparação do fabrico de uma pistola-metralhadora, disse a NDC fonte policial.
Um indivíduo, estrangeiro, 37 anos de idade, foi surpreendido, pela Polícia Judiciária, num dos pisos do parque de estacionamento subterrâneo Horizonte, adjacente à rua do Carmo (Coimbra), tendo sido apreendido um esquema da arma.
O arguido operava numa garagem do piso-5 do sobredito parque, tomada de arrendamento, onde possuía uma mini-oficina.
Presente a juiz de instrução criminal para ser sujeito a primeiro interrogatório de arguido detido, o indivíduo foi posto em prisão preventiva, a mais severa das medidas de coacção aplicáveis antes da dedução de acusação por parte do Ministério Público.
O indivíduo é tido como alvo importante de um núcleo que, a partir de Coimbra, se dedicava presumivelmente a cometimento de crimes de auxílio à imigração ilegal, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
Foram cumpridos três mandados de buscas, tendo resultado a apreensão, por exemplo, de um enorme acervo de documentação utilizada em processos de legalização irregular de estrangeiros, um veículo automóvel, uma pistola de calibre 7,65 mm, munições, dois pares de algemas, sofisticados equipamentos electrónicos destinados a copiar/captar códigos de segurança para abertura remota e clonagem de cartões bancários, inibidor de sinais de comunicações, dinheiro em numerário e equipamentos informáticos.
Da complexa investigação em curso, iniciada em Setembro de 2023, resultou que um grupo criminoso terá vindo a dedicar-se à legalização irregular e massiva de cidadãos estrangeiros em Portugal, obtendo proventos financeiros na ordem dos milhões de euros.
As averiguações feitas remetem para um “cenário de risco preocupante”, declarou a Notícias de Coimbra fonte da Polícia Judiciária.
O NDC sabe que parte destes espaços são ponto de encontro de traficantes e consumidores de drogas, visitantes que vão deixando sinais da sua actividade e que põem em causa a segurança dos habitantes.
Também são dormitório de pessoas estranhas ao prédio, albergam armazéns de empresa(s) de recolha de lixo ao serviço da edilidade e são usados para depósito de produtos perecíveis. Até o “homem das castanhas” e a sua assadeira passam temporadas nas garagens, enquanto músicos ensaiam por aquelas bandas.
Outros três pisos do estacionamento são abertos ao público em geral e estão concessionados a uma empresa privada, que pratica preços mais em conta para quem compra na “Baixa”.
Embora os elevadores do prédio tenham chave para restringir a ida à parte habitacional, os forasteiros podem circular por todo o prédio devido à facilidade com que têm acesso às escadas, as quais, segundo fontes do sector, têm portas que não cumprem as normas legais.
O edifício Horizonte fica a dois passos da Loja do Cidadão e da futura residência para estudantes, promovida pela autarquia, no âmbito do (des)conhecido Plano Marshall.
NDC aguarda uma reação da sociedade de administração do condomínio, indicando o que pretende fazer para repor a normalidade no 75 da Rua do Carmo.
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