Saúde

Governo junta “saúde” ao apoio domiciliário em projeto piloto

Notícias de Coimbra | 8 minutos atrás em 01-10-2025

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, anunciou hoje um projeto-piloto que junta ao apoio domiciliário uma vertente de saúde, que irá começar em breve.

O projeto vai chamar-se Sad+Saúde e funcionará durante um ano, um por cada região do continente (Norte, Centro, Sul, Litoral e Interior), após o que poderá ser alargado a todo o país.

Rosário Palma Ramalho falava aos jornalistas após uma visita às instalações do centro de dia, residências assistidas e serviços de apoio domiciliário do Centro Social e Polivalente do Bairro Padre Cruz, em Lisboa, assinalando o Dia Internacional do Idoso.

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Segundo o Governo, o Sad+Saúde deverá prestar serviços, além do fornecimento de refeições e cuidados de higiene, como o apoio na toma de medicação, tratamento de roupa e limpeza da casa, serviços de teleassistência, apoio a pequenas obras para eliminar barreiras físicas, acompanhamento a deslocações ao exterior e apoio psicossocial.

Aos jornalistas, a ministra explicou que a portaria que cria o Sad+Saúde já foi assinada e que assim que seja publicada será lançado um aviso para que as instituições das cinco regiões se possam candidatar a fazer parte do projeto-piloto.

“O que tínhamos até agora normalmente era um regime de apoio domiciliário apenas na área social e sem estar ligado a saúde. Na área social o que fazem estes regimes é apoio de refeições, compras e higiene, mas não havia, pelo menos interligada, a componente de saúde, e hoje muitas pessoas idosas têm dependências de saúde, precisam também de medicamentos, de cuidados de saúde primários, que podem ser dados a domicílio”, justificou a ministra.

A grande valia do projeto, acrescentou, é que as pessoas possam continuar nas suas casas e na comunidade.

Rosário Palma Ramalho, que garantiu que, dentro de um ano e consoante a avaliação dos resultados, o projeto pode tornar-se estrutural, não disse o valor do projeto, mas falou de uma “verba significativa”.

Porque, justificou, as instituições têm de se obrigar a prestar um conjunto de serviços, de apoio social e componente saúde, que são exigentes e que têm de ser prestados sete dias por semana.

Segundo o Governo, o Sad+Saúde tem de prestar pelo menos seis dos serviços previstos e funciona em horário alargado, incluindo fins de semana e feriados, sempre que necessário e com assistência 24 horas por dia.

Os utentes do Sad+ Saúde podem acumular este serviço com outras respostas sociais, desde que de natureza não residencial, nomeadamente centros de dia, indica um comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, segundo o qual a atividade dos Sad+ Saúde será monitorizada por uma Comissão de Acompanhamento e Avaliação.

Aos projetos-piloto podem candidatar-se entidades do Setor Social e Solidário. Terão uma duração de seis meses, prorrogáveis por mais seis.

Hoje, Maria do Rosário Palma Ramalho visitou as diversas valências das instalações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ligadas aos idosos, falou com homens e mulheres que jogavam dominó no centro de dia, visitou a sede do apoio domiciliário e falou com Claudino, 93 anos, o mais antigo habitante das residências.

E no final elogiou a obra, com uma variedade de valências que vão da creche e ATL a centro de dia, residências a apoio domiciliário.

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