A Escola Básica de Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, foi palco de um episódio alarmante que deixou pais e encarregados de educação em choque, na passada segunda-feira, 29 de setembro.
Um homem conseguiu saltar os muros da escola e infiltrar-se no primeiro andar, entrando diretamente numa sala de aula onde se encontravam apenas crianças, sem qualquer supervisão de adultos.
Segundo relatos de pais ao NDC, o intruso interagiu com os alunos, chegando mesmo a afirmar que lhes daria aulas de inglês.
“A minha filha disse-me que não percebia muito bem o que ele dizia, mas que falava em dar aulas de inglês”, contou um pai, visivelmente chocado com a vulnerabilidade a que os menores foram expostos.
A indignação entre os encarregados de educação é total. No momento da invasão, a professora responsável não se encontrava na sala, deixando os alunos sozinhos e desprotegidos. “Mesmo que nada de grave tenha acontecido, podia ter corrido muito mal. Sentimos que os nossos filhos não estão em segurança,” alertou outro progenitor.
Algumas famílias asseguram ainda que a docente terá, inclusivamente, ameaçado os alunos para que não contassem em casa o que se passou.
“Como é possível?” questionou uma mãe, que preferiu manter o anonimato por receio de represálias.
Só após o incidente é que auxiliares e a professora conseguiram expulsar o intruso da sala, encerrando as crianças no espaço enquanto aguardavam a chegada da GNR.
A força de segurança confirma a ocorrência que envolve este cidadão de 35 anos de nacionalidade Sérvia, que seguiu para o Ministério Público.
Contactado pelo NDC, o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge, revelou que o homem é “um cidadão estrangeiro já conhecido pelas autoridades por outros incidentes”. “Saltou o muro, subiu ao primeiro andar e entrou em contacto com os alunos. Foi prontamente chamada a GNR, que o deteve. Apesar de não ter havido violência, o seu aspeto — barba espessa e atitude suspeita — acabou por assustar as crianças,” acrescentou o autarca, considerando o episódio “anormal”.
Em resposta ao nosso jornal, a direção do Agrupamento de Escolas Martinho Árias afirmou que “a escola deu a resposta adequada chamando as autoridades que tomaram as diligências que consideraram necessárias” e sublinhou que “continua a ser um lugar seguro, durante a ocorrência os alunos estavam, como habitualmente, a desenvolver as atividades letivas com os respetivos titulares”.
O NDC contactou também a direção da própria escola por email, mas até ao momento não obteve resposta.
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