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Homem invade escola primária em Soure

Notícias de Coimbra | 7 horas atrás em 01-10-2025

Na passada segunda-feira, 29 de setembro, a Escola Básica de Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, foi palco de um episódio alarmante.

Um homem conseguiu saltar os muros da escola e infiltrar-se no primeiro andar do edifício, entrando diretamente numa sala de aula onde se encontravam apenas crianças, sem qualquer supervisão de adultos.

De acordo com relatos de pais ao NDC, o intruso interagiu com os alunos, chegando mesmo a afirmar que lhes daria aulas de inglês.

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“A minha filha disse-me que não percebia muito bem o que ele dizia, mas que falava em dar aulas de inglês”, contou um pai, visivelmente chocado com a vulnerabilidade a que os menores foram expostos.

A indignação entre os encarregados de educação é total. No momento da invasão, a professora responsável não se encontrava na sala, deixando os alunos sozinhos e desprotegidos. “Mesmo que nada de grave tenha acontecido, podia ter corrido muito mal”, alertou outro progenitor. “Sentimos que os nossos filhos não estão em segurança.”

As denúncias não ficam por aqui. Algumas famílias asseguram que a docente terá, inclusivamente, ameaçado os alunos para que não contassem em casa que estavam sozinhos durante o incidente.

“Como é possível?”, questiona uma mãe, que preferiu manter o anonimato por receio de represálias.

Segundo apurou o nosso jornal, apenas após o incidente é que auxiliares e a professora tentaram conter a situação, expulsando o intruso da sala de aula e fechando as crianças no espaço enquanto aguardavam a chegada da GNR. A força de segurança confirma a ocorrência e o caso seguiu para o Ministério Público.

Contactado pelo NDC, o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge, confirmou o sucedido e revelou que se tratava de “um cidadão estrangeiro já conhecido pelas autoridades por outros incidentes”.

“O homem, de nacionalidade sérvia, saltou o muro, subiu ao primeiro andar e entrou em contacto com os alunos. Foi prontamente chamada a GNR, que o deteve. Apesar de não ter havido violência, o seu aspeto — barba espessa e atitude suspeita — acabou por assustar as crianças”, referiu o autarca, considerando o episódio “anormal”.

Em resposta ao nosso jornal a direção do Agrupamento de Escolas Martinho Árias apenas informa que “a escola deu a resposta adequada chamando as autoridades que tomaram as diligências que consideraram necessárias”, reafirmando que “continua a ser um lugar seguro”, sublinhando que “durante a ocorrência os alunos estavam , como habitualmente, a desenvolver as atividades letivas com os respetivos titulares”.

O NDC enviou email para a direção da própria Escola Básica de Granja do Ulmeiro a pedir esclarecimentos, mas até ao momento ainda não obteve resposta.

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