A versão base do modelo de IA português Amália – Assistente Multimodal Automático de Linguagem com Inteligência Artificial está concluído e na quarta-feira será lançado o ‘site’ que inclui perguntas frequentes sobre o projeto.
O Amália, que a Lusa testou, faz parte da Agenda Nacional de Inteligência Artificial (IA), a qual deverá ser conhecida até final do ano.
A versão beta do grande modelo de linguagem (LLM) português ficou concluída na primeira metade do ano.
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Ao todo, estão envolvidas “cerca de 60 pessoas”, incluindo universidades e parceiros, de acordo com o investigador João Magalhães, que é um dos coordenadores do projeto, num encontro para o qual a Lusa foi convidada e que decorreu no Campus da Costa da Caparica, na Faculdade Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa, no concelho de Almada.
O Amália tem recursos digitalizados na base de dados e, neste momento, tem conhecimento até 2023.
O projeto, que foi anunciado pelo primeiro-ministro no arranque da Web Summit em novembro do ano passado, está a meio e faltam agora cerca de nove meses para a sua conclusão.
No encontro com a equipa técnica do projeto, que partilhou os progressos feitos até agora, a Lusa testou o LLM português, que ainda está em processo de afinação.
“O Amália vai suportar língua natural, fala, imagem e vídeo, é isso que estamos a fazer”, referiu o coordenador, adiantando que no futuro o modelo pode ser utilizado para o desenvolvimento de aplicações.
“Estamos a fazer, no fundo, o algoritmo modelo ‘core’ [base]”, sublinhou.
O objetivo é “conseguir com que o modelo aprenda o máximo conhecimento dos dados, é isso que aqui estamos focados”, salientou o investigador.
“Não estamos a pensar muito em aplicações, estamos muito focados em garantir que o modelo consegue seguir instruções, pedidos humanos” e “tem conhecimento atualizado”, rematou.
Neste projeto, “juntamos não só as pessoas que estão dentro desta sala” – cerca de uma vintena -, “mas também as universidades como Coimbra, Minho, Porto, que estão oficialmente no consórcio”, como “a Beira Interior e Évora, temos alunos de doutoramento e mestrado em colaboração e que estão a contribuir de forma indireta também para o modelo”, acrescentou o responsável.
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