Política

De bate Coimbra debate! E o Mondego, senhores?

Notícias de Coimbra | 4 horas atrás em 30-09-2025

A falta de convocação do rio Mondego, esta segunda-feira, para o debate dos candidatos à presidência da Câmara de Coimbra levado a cabo por NDC, é lamentada por antigos vereadores.

Horácio Pina Prata e Nuno Freitas, membros de antigos executivos municipais liderados por Carlos Encarnação (PSD), estranham “a falta de visão para aproveitamento do rio”.

Francisco Queirós (CDU), único dos actuais vereadores a perfilar-se para substituir José Manuel Silva na liderança do Município, aludiu ao Mondego quando alertou para o risco de especulação imobiliária.

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O autarca recomendou a tomada de medidas ao fazer notar que o terreno entre a antiga estação de Coimbra-A e o Centro Distrital da Segurança Social é apetecível no contexto da desejável melhoria da mobilidade inerente ao Metrobus e à rede ferroviária de alta velocidade.

António Vilhena (PS), outro antigo vereador convidado a comentar o debate, rotulou-o de “oportunidade perdida” em que, alegadamente, “sobressaiu o vazio de ideias”.

“Esperávamos que os candidatos trouxessem um discurso alinhado, sistemático,
telegráfico, para, pelo menos, elencarem um conjunto de questões tidas como fundamentais para qualquer projecto”, assinalou.

Na mesma toada, Pina Prata remeteu para “falta de ambição e de posicionamento” dos candidatos, sem embargo de atribuir a José Manuel Silva conhecimento dos dossiês.

“Um presidente, ao final de um primeiro mandato, tem muitas armas, pois, tipicamente, a população é sensível ao facto de as coisas demorarem tempo a acontecer”, acentua Nuno Freitas, em cujo ponto de vista houve “pouca social-democracia” na gestão camarária ao longo dos últimos quatro anos.

Chamado a dizer ao que vem, tal como os demais candidatos, Sancho Antunes (ADN) disse que pretende “fazer chegar a voz de Coimbra aos centros de decisão”.

José Manuel Pureza (Bloco de Esquerda) destacou a presumível existência de “enorme cansaço e de enorme frustração da generalidade das pessoas por verem décadas de rotação entre governos municipais” suportados pelo PS e pelo PSD.

Tiago Martins (Nova Direita) prometeu “trazer o sangue novo de que Coimbra precisa”.

Para Ana Abrunhosa (apoiada pelo PS, Livre, PAN e pelo movimento CpC), Coimbra deve “preocupar-se, sobretudo, em captar talento e empresas e em apoiar as que já existem”.

“Sou a candidata que quer romper com a prepotência existente na Câmara Municipal”, alegou a representante do Chega, Maria Lencastre. “Não venham dizer-nos que estamos bem…”, acentuou.

Num panorama em que avultam coligações com mais de dois partidos – “Juntos Somos Coimbra” e “Avançar Coimbra” -, Francisco Queirós opinou consistir a CDU na “grande coligação, que integra o PCP e o Partido Ecologista Os Verdes”, contando com a mobilização de cidadãos independentes.

“Coimbra é, hoje em dia, um polo de cultura e de desenvolvimento económico, mas um mandato (quadriénio) é pouco”, alegou José Manuel Silva ao dizer ao que vem com a recandidatura.

Ana Abrunhosa (“Avançar Coimbra”) acenou com “propostas concretas para atrair jovens qualificados” e Queirós com a “valorização do Poder Local democrático, assente em seriedade e honestidade”.

Tiago Martins reclamou o estatuto de “único candidato a querer recuperar a identidade da cidade”. “Não se deixem comprar pelos mesmos de sempre”, apelou o jovem candidato.

“Por que há-de ser uma utopia em Coimbra aquilo que é bom em cidades europeias”? À pergunta de José Manuel Pureza, defensor da gratuitidade dos transportes públicos, respondeu o próprio dizendo que “quem tem governado o Município não quer mudança da situação”.

Avesso a Coimbra a ‘olhar para o umbigo’, Sancho Antunes lembrou os munícipes e a Câmara que o concelho vai de Sargento-Mor a Cernache e a Almalaguês e de Arzila e S. Martinho de Árvore ao Dianteiro.

O debate…

O comentário…

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